Romário Schettino -
Nesta coluna de hoje, além da homofobia de alguns distritais evangélicos, as eleições em Brasília, o deputado que não respeita o povo e outros denunciados. Campanha em apoio ao Teatro Casa dos Quatro e muito mais.
Distritais homofóbicos
Alguns deputados evangélicos articularam, e conseguiram, derrubar a regulamentação da lei anti-homofobia assinada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Rodrigo Delmasso, do Podemos, que era líder do governo, trabalhou para detonar o decreto. Rollemberg ficou irritado e colocou em seu lugar Agaciel Maia (PR). Além disso, o GDF entrou na Justiça para derrubar o decreto legislativo aprovado na surdina. O movimento LGBTTI foi à Câmara Legislativa e protestou. Além disso, também vai à Justiça para anular o decreto. Toda essa movimentação dos evangélicos faz parte de uma trama que pretende ir mais longe, querem aprovar a Lei da Escola Sem Partido, outra aberração legislativa e ideológica de extrema direita. Arre égua!
Eleições em Brasília
Quem pensa que falta muito para a montagem de chapas que concorrerão às eleições em 2018 está enganado. As conversas correm soltas. O senador Cristovam Buarque (PPS), já pensando na reeleição, busca apoio no PDT e no PV e tenta convencer Joe Vale a sair como governador, ou vice de Rollemberg, se a aliança com o PSB for restabelecida. Atualmente a relação entre eles está estremecida.
Fraga, respeite o povo!
O deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), que vinha se gabando de defensor dos pobres e oprimidos, foi pego em gravações pra lá de suspeitas. A tramoia envolve cooperativas de transporte quando ele era secretario no governo Arruda. Essa “descoberta” põe por terra sua pretensão de ser candidato a cargo majoritário em 2018.
Distritais denunciados
Por falar em denunciados, o Ministério Público entrou com ação contra cinco distritais: Bispo Renato Andrade (PR), Celina Leão (PPS), Cristiano Araújo (PR), Júlio Cesar (PRB) e Raimundo Ribeiro (PPS). Se condenados, poderão perder os direitos políticos por oito anos, pagar multa de R$ 6 milhões e ressarcir R$ 3 milhões aos cofres públicos. São esses os nossos representantes na Câmara Legislativa, mais conhecida como a casa do espanto.
Casa dos Quatro
Quatro amigos se associaram para criar um teatro em Brasília. E criaram a Casados Quatro. Para viabilizar o empreendimento cultural, abriram uma conta no sistema crowdfunding para arrecadar R$ 61 mil. A campanha está no ar e vem recebendo adesões importantes, mas ainda falta muito para abrir as portas do simpático ambiente teatral, que fica na Asa Norte. Como diz Alexandre Ribondi, um dos sócios, “de grão em grão, a galinha enche o papo”. Por isso, na economia colaborativa qualquer valor doado, mesmo R$ 10, já é maravilhoso. Vamos ajudar!
Esse é o endereço na internet para quem quiser fazer o seu depósito solidário:
https://www.catarse.me/pt/a_casa_e_sua_6929?ref=ctrse_explore_pgsearch
Greve e STF
Os movimentos sindical e social enfrentam as reformas do governo Michel Temer com greves. Já fizeram duas. A segunda ocorreu dia 30 de junho. Mas apesar do esforço dos que querem o “Fora, Temer” e eleições diretas, o Supremo Tribunal Federal (STF) ajuda o presidente ao devolver o mandato ao senador Aécio Neves (PSDB), flagrado acertando propinas com o dono Friboi, ao conceder liberdade para Rodrigo Rocha Loures, amigo dileto de Temer e filmado carregando uma mala com R$ 500 mil.
Mistério na imprensa
Sete coisas sumiram do noticiário misteriosamente: 1) os dólares de Cunha na Suíça; 2) as agências de classificação de risco; 3) o mensalão do PSDB; 4) a merenda escolar de São Paulo; 5) os batedores de panela; 6) o pato da Fiesp e 7) o helicóptero da coca. Por que será? Os golpistas, e seus aliados na mídia, já consideram tudo resolvido?
Venezuela resiste
A pressão norte-americana está transformando a Venezuela num caldeirão prestes a se transformar numa guerra civil. A Constituinte convocada por Nicolau Maduro está sofrendo todo tipo de boicote.
A primeira general boliviana (com foto)
Quando recebeu o bastão de mando das mãos do presidente Evo Morales, no dia 9 de março passado, Gina Reque Terán entrou para a história. Acabava de se tornar a primeira mulher a alcançar o posto de general do Exército da Bolívia. Gina tem sobrenome famoso e polêmico, seu pai e seu avô também foram oficiais e participaram juntos de um dos capítulos mais importantes da história da América Latina. Os Reque Terán foram os responsáveis pela captura e assassinato do médico e guerrilheiro cubano-argentino Ernesto Che Guevara.