"A vida é de quem se atreve a viver".


Wasny defende PT na Mesa e é contra cota no FAC
As escolhas do PT na Mesa da CLDF

Romário Schettino -

Após a derrocada da gestão Celina Leão (PPS), denunciada pelo Ministério Público e afastada da Presidência da Câmara Legislativa por suspeita de corrupção, é chegada a hora de eleger uma nova Mesa para os próximos dois anos.

O nome preferido do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) é Agaciel Maia (PR), que já conta com apoios para ser viabilizado. A turma de Celina Leão, que se auto-intitula Grupo dos Independentes, lançou Welington Luiz, do PMDB, que tem aprovação do ex-vice-governador Tadeu Filipeli.

O terceiro nome é Joe Vale, do PDT, que já tem 5 votos, inclusive o dele, mas insuficiente para ser eleito.

Nenhuma bancada consegue sozinha eleger ninguém. O Partido dos Trabalhadores, que tem três deputados, Wasny de Roure (líder), Chico Vigilante e Ricardo Vale tende a apoiar Agaciel Maia porque conseguiu o compromisso de incluir Ricardo Vale na vice-presidência. O PT, segundo Wasny, não pretende ficar fora da Mesa desta vez.

A ausência de um petista na direção da CLDF não foi a melhor opção para o partido na avaliação de Wasny de Roure. Agora, o deputado argumenta que para fazer parte de uma Mesa é preciso estar junto de quem tem chances. Agaciel, segundo o líder do PT, apesar de seus problemas pessoais [Agaciel foi exonerado do Senado na época dos chamados decretos secretos de Sarney], tem se comportado com fidelidade tanto no governo Agnelo Queiroz, como no atual.

Wasny considera que politicamente é inviável qualquer aproximação como grupo de Celina Leão. Com Joe Vale a identidade é maior, mas nem o próprio grupo de Vale garante a sua candidatura até o fim.

Portanto, é muito provável que no dia 15 ou 16 de dezembro seja consolidada a presidência da Câmara Legislativa nas mãos de Agaciel Maia, tendo Ricardo Vale na vice-presidência.

Fundo de Apoio à Cultura (FAC) - Também está em discussão a Lei Orgânica da Cultura neste final de ano. A proposta da bancada evangélica, representada pelo deputado distrital Rodrigo Delmasso (PTN), de destinar 10% dos recursos do FAC para as artes evangélicas (gospel) conta com resistência entre os deputados.

Wasny de Roure acha que não cabe reserva de cotas para qualquer tipo de arte. Os artistas evangélicos têm que concorrer em igualdade de condições como todos os outros, de qualquer religião, ou não.

"Se começarmos a destinar cotas, vamos desvirtuar todo o sentido da lei", diz Wasny. Se os evangélicos tiverem uma cota, por que não os católicos, os umbandistas, os espíritas? Essa é a pergunta que se faz diante da tentativa dos deputados evangélicos de reservar recursos do FAC para a música gospel.

A LOC está para ser votada até o dia 16 de dezembro, mas há movimento no sentido de adiar a sua conclusão para a volta do recesso parlamentar em março de 2017.

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