Enquanto Bolsonaro se reunia com governadores, um pedido coletivo de impeachment foi apresentado hoje (21/5) na Câmara dos Deputados.
Por videoconferência, os governadores cobraram de Bolsonaro a liberação de recursos para ajuda federal concreta e o estabelecimento de critérios científicos para a adoção de medidas de enfrentamento ao novo coronavírus. No mesmo momento, só que presencialmente, entidades, organizações da sociedade civil, partidos políticos e personalidades nacionais pedem o afastamento do presidente da República.
Entre os signatários do pedido de impeachment estão partidos políticos da oposição (PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e UP) e mais de 400 entidades e movimentos sociais, como a Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Central de Movimentos Populares, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento das Mulheres Camponesas, Andes – Sindicato Nacional, Fasubra, Movimento Negro Unificado, Associação Brasileira de Travestis e Transexuais, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, entre outros. Também firmaram o pedido os ex-ministros da Justiça Tarso Genro, José Eduardo Cardozo e Eugênio Aragão, além de juristas como Celso Antonio Bandeira de Melo, Lênio Streck, Pedro Serrano e Carol Proner.
O documento entregue à Câmara acusa Jair Bolsonaro de cometer crimes de responsabilidade, atentar contra a saúde pública e arriscar a vida da população pelo comportamento à frente da pandemia do coronavírus. Acusa também também o presidente de atentar contra a Federação ao atacar diariamente os governadores, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.