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WWF: “Choca constatar a intenção do ministro Salles de aproveitar a maior tragédia econômica e sanitária, que já resultou em dezenas de milhares de mortes, para 'passar a boiada' da ilegalidade no meio ambiente”.
WWF-Brasil repudia fala do ministro do Meio Ambiente

“É inaceitável um ministro que usa a morte de milhares de brasileiros para agir na ilegalidade”. Com essa frase, a ONG WWF-Brasil inicia uma nota oficial sobre o que disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na reunião do dia 22/4, divulgada hoje (22/5) por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal.

Eis a íntegra da nota:

“O WWF-Brasil vem a público expressar sua indignação com a estratégia de destruição do arcabouço legal de proteção ao meio ambiente no Brasil evidenciada pela fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante reunião ministerial realizada no dia 22 de abril e divulgada na tarde desta sexta-feira, 22 de maio.

Não é surpresa que o ministro Ricardo Salles venha trabalhando, desde o início de seu mandato, para fragilizar as regras e as instituições criadas para defender nosso patrimônio ambiental. Não por acaso 2019 foi o ano com maior desmatamento na Amazônia em uma década, e os números deste ano mostram que vamos superar essa marca. É notória a paralisia administrativa em seu ministério e nos órgãos a ele associados. Apesar disso, choca constatar sua intenção de aproveitar a maior tragédia econômica e sanitária em muitas gerações, uma pandemia que já resultou em dezenas de milhares de vidas perdidas, para, em suas palavras, 'passar a boiada'.

A fala do ministro Ricardo Salles expõe sua consciência de que o que está propondo é ilegal, e que portanto se ressente da ameaça que a Justiça pode trazer às suas intenções. Expõe que age contra os interesses nacionais, na surdina, alheio à uma ampla discussão que abarque os anseios da sociedade.

O Brasil precisa de um ministro à altura da importância que o Meio Ambiente tem para o país. É imprescindível que as devidas providências legais sejam aplicadas”.

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