"A vida é de quem se atreve a viver".


Os ambientalistas dizem que “o presidente deve agir com responsabilidade e provar o que diz, ao invés de fazer ilações irresponsáveis e inconsequentes, repetindo a tentativa de criminalizar as organizações, manipulando a opinião pública contra o trabalho realizado pela sociedade civil”.
Bolsonaro não precisa das ONGs para queimar a imagem do Brasil

A propósito das recentes declarações de Jair Bolsonaro atribuindo às ONGs ambientalistas a responsabilidade pelos incêndios na Amazônia, personalidades e entidades ligadas ao tema emitiram, ontem (21/8), nota oficial protestando contra as mentiras e as irresponsabilidades do presidente brasileiro.

Eis a íntegra do documento:

“Os focos de incêndio em todo Brasil aumentaram 82% desde o início deste ano, para um total de 71.497 registros feitos pelo INPE, dos quais 54% ocorreram na Amazônia. Diante da escandalosa situação, Jair Bolsonaro disse que o seu “sentimento” é de que “ONGs estão por trás” do alastramento do fogo para “enviar mensagens ao exterior”.

O aumento das queimadas não é um fato isolado. No seu curto período de governo, também cresceram o desmatamento, a invasão de parques e terras indígenas, a exploração ilegal e predatória de recursos naturais e o assassinato de lideranças de comunidades tradicionais, indígenas e ambientalistas. Ao mesmo tempo, Bolsonaro desmontou e desmoralizou a fiscalização ambiental, deu inúmeras declarações de incentivo à ocupação predatória da Amazônia e de criminalização dos que defendem a sua conservação.

O aumento do desmatamento e das queimadas representa, também, o aumento das emissões brasileiras de gases do efeito estufa, distanciando o país do cumprimento das metas assumidas no Acordo de Paris. Enquanto o governo justifica a flexibilização das políticas ambientais como necessárias para a melhoria da economia, a realidade é que enquanto as emissões explodem, o aumento do PIB se aproxima do zero.

O presidente deve agir com responsabilidade e provar o que diz, ao invés de fazer ilações irresponsáveis e inconsequentes, repetindo a tentativa de criminalizar as organizações, manipulando a opinião pública contra o trabalho realizado pela sociedade civil”.

Assinam este documento de 21 de agosto de 2019:

Associação Brasileira de ONGs, ABONG;

Ação Educativa;

Alternativas Para Pequena Agricultura no Tocantins, APATO;

Amigos da Terra – Amazônia Brasileira;

Angá;

Articulação Antinuclear Brasileira;

Articulação do Semiárido Brasileiro, ASA;

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, APIB;

Articulação Nacional de Agroecologia, ANA;

Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente, APEDEMA;

Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia, AGENDHA;

Associação Agroecológica Tijupá;

Associação Alternativa Terrazul;

Associação Ambientalista Copaíba;

Associação Ambientalista Floresta em Pé, AAFEP;

Associação Amigos do Meio Ambiente, AMA;

Associação Arara do Igarapé Humaitá, AAIH;

Associação Brasileira de Homeopatia Popular Comunitária, ABHP

Associação Civil Alternativa Terrazul;

Associação Cunhambebe da Ilha Anchieta;

Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária, AMAR;

Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos, AQUASIS;

Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí;

Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida, APREMAVI;

Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte, APROMAC;

Associação de Saúde Ambiental, TOXISPHERA;

Associação Defensores da Terra;

Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre, AMAAIAC;

Associação em Defesa do rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar, APOENA;

Associação Flora Brasil;

Associação MarBrasil;

Associação Mico-Leão-Dourado;

Associação Mineira de Defesa do Ambiente, AMDA;

Associação Paraense de Apoio as Comunidades Carentes (Rede Jirau de Agroecologia)

Associação Purna Ananda Ashram – Ecovila Integral;

Associação Barraca da Amizade;

Associação Unidade e Cooperação para o Desenvolvimento dos Povos

Central Única dos Trabalhadores, CUT;

Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia, CAPA / FLD;

Centro de Assessoria Multiprofissional, CAMP;

Centro de Criação de Imagem Popular, CECIP;

Centro de Cultura Luiz Freire;

Centro de defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis;

Centro de Educação e Cultura Popular, CECUP;

Centro de Estudos Ambientais, CEA;

Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste;

Centro de Trabalho Indigenista, CTI;

Centro Feminista de Estudos e Assessoria, Cfemea;

Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro Brasileiro;

Centro Nordestino de Medicina Popular;

Centro Popular Da Mulher, UBM;

Centro Santo Dias de Direitos Humanos;

CIDADANIA;

Cidade Escola Aprendiz;

Coletivo BANQUETAÇO;

Coletivo Delibera Brasil;

Coletivo do Fórum Social das Resistências de Porto Alegre;

Coletivo Popular Direito à Cidade;

Coletivo Popular Direito à Cidade;

Coletivo Socioambiental de Marilia;

Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo, CDHPF;

Comissão Pró-Índio do Acre, CPI-Acre;

Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino;

Conselho de Missão entre Povos Indígenas, COMIN / FLD;

Conselho Indigenista Missionário, CIMI;

Conselho Nacional do Laicato do Brasil, CNLB;

Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, COIAB;

Coordenadoria Ecumênica de Serviço, CESE;

Ecologia & Ação, ECOA;

Ecossistemas Costeiros, APREC;

Elo Ligação e Organização;

EQUIP;

Escola de Formação Quilombo dos Palmares;

Espaço de Formação, Assessoria e Documentação;

FADS – Frente Ampla Democrática Socioambiental;

FASE Bahia;

FEACT Brasil (representando 23 organizações nacionais baseadas na fé);

Federação de Órgãos para Assistencial Social e Educacional, FASE;

FICAS;

Fórum Baiano de Economia Solidária;

Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, FBOMS;

Fórum da Amazônia Oriental, FAOR;

Fórum de Direitos Humanos e da Terra;

Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal;

Fórum de ONGs/Aids do Estado de São Paulo, FOAESP;

Fórum Ecumênico ACT Brasil;

Fórum Resiste Brasil-Berlin;

Fórum Social da Panamazônia;

Fundação Amazonas Sustentável

Fundação Avina;

Fundação Luterana de Diaconia, FLD;

Fundação Vitória Amazônica, FVA;

GEEP – Açungui;

Geledes Instituto da Mulher Negra;

Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero;

Grito dos Excluídos/as Continental;

Grupo Ambientalista da Bahia, GAMBA;

Grupo Carta de Belém;

Grupo de Estudos Espeleológicos do Paraná;

Grupo de Mulheres Brasileiras, GMB;

Grupo Ecológico Rio de Contas, GERC;

GTP+ Grupo de Trabalhos e Prevenção Posithivo; GTP+;

Centro Sabiá;

Habitat para Humanidade Brasil;

Hivos – Organização Humanista para Mudança Social;

Iniciativa Verde;

Instituto AUÁ;

Instituto Alana

Instituto Augusto Carneiro;

Instituto Bem Ambiental, IBAM;

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, IBASE;

Instituto Centro Vida, ICV;

Instituto de Estudos Ambientais – Mater Natura;

Instituto de Estudos Jurídicos de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais, IDhES;

Instituto de Estudos Socioeconômicos, Inesc;

Instituto de Pesquisa e Formação Indígena, Iepé;

Instituto de Pesquisas Ecológicas, IPÊ;

Instituto Ecoar;

Instituto EQUIT – Gênero, Economia e Cidadania Global;

Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental;

Instituto Internacional de Educação do Brasil, IEB;

Instituto MIRA-SERRA;

Instituto PACS – Políticas Alternativas para o Cone Sul;

Instituto Paulo Freire;

Instituto Sociedade, População e Natureza, ISPN;

Instituto Socioambiental, ISA;

Instituto Universidade Popular, UNIPOP;

Iser Assessoria;

Justiça nos Trilhos;

Liga Brasileira de Lésbicas, LBL;

Movimento de Mulheres Campo e Cidade; MMCC

MIRIM Brasil;

Movimento de Defesa de Porto Seguro, MDPS;

Movimento dos Trabalhadores/as Rurais sem Terra, MST;

Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas de São Paulo;

Movimento Nacional de Direitos Humanos, MNDH;

Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça e Cidadania;

Movimento Roessler;

Movimento SOS Natureza de Luiz Correia;

Núcleo de Pesquisa em Participação, Movimentos Sociais e Ação Coletiva, NEPAC UNICAMP;

Núcleo Sócio Ambiental Arará-piranga;

Observatório do Clima;

OekoBr;

Operação Amazônia Nativa, OPAN;

Organização dos Professores Indígenas do Acre, OPIAC;

Ouvidoria Geral Externa da Defensoria Pública de Rondônia;

Pacto Organizações Regenerativas;

Pastoral da Educação do Regional Sul1 da CNBB;

Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de SP;

Plataforma DHESCA Brasil;

Plataforma Mrosc;

ProAnima – Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal;

Processo de Articulação e Diálogo, PAD;

Projeto Saúde e Alegria;

Proteção à Fauna e Monitoramento Ambiental, PROFAUNA;

Proteção Animal Mundial;

Rede Ambiental do Piauí, REAPI;

Rede Brasileira De Justiça Ambiental;

Rede Conhecimento Social;

Rede de Cooperação Amazônia, RCA;

Rede de ONGs da Mata Atlântica, RMA;

Rede de ONGs da Mata Atlântica;

Rede de Travestis, Transexuais e Homens Trans Vivendo e Convivendo como HIV e AIDS;

Rede Feminista de Juristas, deFEMde;

Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS, RNP+BRASIL;

Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS do Estado de São Paulo, RNP+SP;

SAPI – SOCIEDADE AMIGOS POR ITAUNAS;

Sempreviva Organização Feminista, SOF;

Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental, SPVS;

Sociedade Paraense de Direitos Humanos;

SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia;

TERRA VIVA – Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Extremo Sul da Bahia;

União Nacional dos Estudantes, UNE;

União Protetora do Ambiente Natural, UPAN;

Vale Verde Associação de Defesa do Meio Ambiente

Vida Brasil.

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