"A vida é de quem se atreve a viver".


Segundo Benny Schvasberg "por trás da interdição estão empreiteiras ávidas por serviços com recursos rapidamente liberados sob pretexto de urgência máxima”.
Rodoviária do Plano Piloto: Uma interdição para justificar emergência

Brasília - O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou com pompa e circunstância a interdição da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. Essa medida altera a rotina no trânsito e deixa a população com a pulga atrás da orelha. Por ali passam diariamente cerca de 400 mil pessoas.

O objetivo de Ibaneis é claro, quer que o Tribunal de Contas do DF aprove a alteração de “normal” para “emergencial” a licitação da obra de recuperação.

Na opinião do professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, Benny Schvarsberg, “essa notícia da estrutura comprometida da Rodoviária e a pirotecnia anunciada pelo GDF tem muito a ver com a queda do viaduto no início do Eixão Sul. Há anos esses problemas de dilatação são visíveis e sempre tiveram reparos pontuais no prédio. A decisão pelo isolamento da área, mudança de trânsito etc é uma estratégia do [governador] Ibaneis de mostrar serviço para a opinião pública, querendo dizer que é um governo atento e precavido”.

A expectativa das autoridades locais é de que a aprovação, pelo TCDF, ocorra até 1º de julho. Vistorias feitas pela Novacap detectaram uma dilatação de 0,4 centímetro para 1,5 centímetro nas fissuras da estrutura ao longo de apenas 3 meses. Essas estruturas são responsáveis pelo sustento do piso superior da rodoviária.

O GDF avalia que o processo de licitação normal não seria o mais adequado, devido aos riscos e ao transtorno que uma obra demorada causaria para a população. Ao todo serão reestruturadas 180 vigas com fibra de carbono que, segundo os técnicos do governo, “é material mais moderno, resistente e econômico que o aço”.

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