No Cine Brasília e no Cine Cultura Liberty Mall, de 4 a 13 de novembro. Concorrem películas de 15 países e estreia do Prêmio da Crítica José Carlos Avellar para o melhor filme. Homenagem a Sergio Leone, com exibição de seis clássicos do cineasta italiano. Os ingressos para as sessões da mostra dedicada ao grande cineasta terão preço fixo de R$ 4,00.
Uma maratona cinematográfica, com direito a programação inédita no Brasil, homenagem ao cineasta italiano Sergio Leone e pré-estreias especiais.
Este é o V BIFF – Brasília International Film Festival. Serão 16 filmes, entre ficções e documentários de longa-metragem nas mostras competitivas, seis títulos assinados por Leone na mostra especial, três animações para o público infantil, dois títulos em pré-estreia e um filme especial de encerramento.
O evento começa às 20h30, com a participação especial da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro executando composições de Ennio Morricone para a trilha sonora do filme “Por um punhado de dólares”, de Sérgio Leone, que poderá ser visto em seguida, na Sessão de Abertura, no Cine Brasília.
Voltado para a produção de jovens realizadores, o V BIFF vai apresentar, nas mostras competitivas, filmes inéditos no Brasil, produzidos entre 2015 e 2016.
Para esta quinta edição, os 16 filmes em competição foram selecionados de um total de 321 produções inscritas, de 40 países diferentes. Participaram da comissão de curadoria o crítico e jornalista Rodrigo Fonseca, o produtor, exibidor e diretor geral do BIFF, Nilson Rodrigues, as produtoras Lorena Quintas, Scarlett Rocha e Rafaella Rezende, a jornalista e programadora Anna Karina de Carvalho e a cineasta Érika Bauer.
O V BIFF vai distribuir três prêmios nas mostras competitivas. Caberá ao público eleger o Melhor Filme de Ficção e o Melhor Filme Documentário. E uma comissão formada por críticos de cinema elegerá o filme que vai receber o Prêmio da Crítica José Carlos Avellar, concedido pela primeira vez, como homenagem ao crítico carioca, falecido em março passado, que atuou como curador do BIFF em edições anteriores.
Além das exibições, o Festival promoverá um curso de roteiro, ministrado pela cineasta argentina Maria Meira (premiada no festival de Sundance pelo roteiro de La mirada invisible), e debates sobre os filmes, com a presença de realizadores e/ou dos curadores.
Para as crianças, o festival oferece a mostra Mundo Animado, com três títulos que poderão ser vistos também por alunos das escolas públicas – através de agendamento.
Na sessão de encerramento, exibição de Ma Ma, o mais novo filme do escritor e cineasta basco Julio Medem, o mesmo de Lucía e o Sexo (2010). Produzido em 2015, o filme é protagonizado pela atriz Penélope Cruz.
MOSTRAS COMPETITIVAS - Os filmes em competição estão divididos em duas categorias: ficção e documentário. Estão na programação títulos produzidos na Turquia, França, Espanha, Brasil, Colômbia, México, Portugal, Israel, Irã, China, Paraguai, Itália, Polônia, Estados Unidos, Alemanha e Canadá.
Dentre as ficções, há títulos assinados por jovens realizadores já com trajetória sólida e prestigiada no universo do cinema mundial. É o caso do turco Mehmet Can Mertoglu, que com seu primeiro longa-metragem, Album, conquistou sete prêmios em festivais importantes como Cannes, Sarajevo e Jerusalém. Também na mostra competitiva de ficção, a israelense Michal Vinik traz Barash – o amor bate à sua porta, que recebeu os prêmios de primeiro lugar em festivais como Haifa e Milão.
Ainda o polonês Tomasz Wasilewski com Estados Unidos pelo Amor, que detém, entre outros, o prêmio de melhor roteiro do Festival de Berlim; e o mexicano Marcelino Islas Hernandez, com o filme A caridade, sua segunda experiência como diretor – a primeira, Martha, conquistou prêmios na Croácia e no México. Marcelino Islas Hernandez estará em Brasília para conversar com o público no sábado, dia 5 de novembro, após a exibição de seu filme, às 19h, no Cine Brasília. Ingressos para os filmes das Mostras Competitivas a R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia).
Dentre os documentários, estão na competição filmes como “Al Purdy esteve aqui”, sobre a vida e a obra de um dos maiores poetas canadenses do século XX, que marca a estreia em longa-metragem do aclamado crítico e comentarista canadense Brian D. Johnson.
Também Exercícios da Memória, recentíssimo filme da paraguaia Paz Encina, que com seu primeiro longa, Hamaca paraguaya, exibido na mostra Um Certain Regard do Festival de Cannes, conquistou nada menos que o Prêmio FIPRESCI, concedido pelos críticos de cinema internacionais, além de prêmios em festivais de Lima, Miami, Rotterdam e São Paulo.
E ainda o espanhol Ander Duque, diretor e compositor nascido em Barcelona, que traz o filme Zoe e conversa com a plateia no dia 11 de novembro, após a exibição do documentário, programado para as 19h, no Cine Brasília.
MOSTRA SERGIO LEONE - O V BIFF fará homenagem especial ao premiado diretor italiano Sergio Leone (1929-1989), conhecido como o criador do western spaghetti, o faroeste à italiana, que renovou o gênero western.
A obra de Leone, que é inspiração confessa de diretores contemporâneos como Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, estará representada por seis títulos, dentre os mais conhecidos do realizador.
A mostra começa já no dia de abertura do festival, com a exibição do antológico Por um punhado de dólares, que apresenta o ator/diretor Clint Eastwood no começo da carreira e marca o início do que seria conhecida como a Trilogia dos Dólares de Leone.
No filme, estão presentes os elementos que fizeram a fama do estilo de western à italiana, marcado por heróis solitários, sem nome, individualistas e meio sem escrúpulos, ou seja, sem o maniqueísmo dos títulos anteriores do gênero. A programação segue com os outros dois títulos da Trilogia dos Dólares: Por uns dólares a mais e Três homens em conflito, ambos protagonizados por Clint Eastwood e Lee Van Cleef e considerados clássicos.
O público poderá ver também a chamada Trilogia Era uma vez, com os filmes que Sergio Leone ambientou na América: Era uma vez no Oeste, de 1968, com Cláudia Cardinalle, Henry Fonda e Charles Bronson, apontado por muitos como o melhor western já produzido; Quando explode a vingança (também conhecido como Quando explode a revolução), de 1971, sobre a Revolução Mexicana; e Era uma vez na América, um épico sobre a ação das máfias lançado no Festival de Cannes de 1984 e vencedor do Globo de Ouro.
MUNDO ANIMADO - Especialmente programada para crianças a partir dos seis anos de idade, a mostra Mundo Animado vai apresentar três títulos, que poderão ser vistos aos sábados e domingos, às 11h, e de segunda a sexta-feira, às 9h30 e às 14h30. A mostra é aberta a alunos da rede pública de ensino através de agendamento prévio (sem cobrança de ingresso) e também ao público em geral, com ingressos a R$ 12,00 e R$ 6,00.
Canção do Oceano é animação dirigida pelo irlandês Tomm Moore e com produção internacional que reuniu Bélgica, França, Dinamarca, Irlanda e Luxemburgo. Indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2015, o longa apresenta uma história de aventura que recupera lendas antigas do povo celta.
Em Pinóquio, da alemã Anna Justice, está de volta uma das histórias mais amadas pelas crianças do mundo. A partir de um pedaço de madeira, o carpinteiro Geppetto constrói um boneco que ganha vida e escapa de casa para viver uma série de aventuras que incluem desde fugir com um circo até ser engolido por uma baleia. Essa vivência irá mostrar ao boneco as virtudes necessárias para se tornar um menino de verdade.
E ainda Mortadelo e Salaminho em Missão Inacreditável, uma divertida comédia em animação dirigida pelo espanhol Javier Fesser, que mostra como os atrapalhados detetives terão que fazer para conseguir prender o debochado vilão Jimmy Odoidão e recuperar o documento ultrassecreto roubada da agência de inteligência T.I.A. (Técnicos de Investigações Avançadas).
Programação completa no site: www.biffestival.com