Este livro seria uma história igual às demais sobre a infância e a juventude de um menino de cidade, contada ano a ano e revelando seus interesses, brincadeiras, modo de viver, amigos, colégio, e outras aventuras. Mas esta é a história do jovem bandolinista Ian Coury, 18 anos de idade, saído das notas musicais de seu pai e companheiros de rodas de choro.
Tudo começou quando, ainda criança, passou a ouvir as canções vindas do pandeiro do pai e dos instrumentos dos outros membros do grupo, reunidos quase sempre na casa da família nos finais de semana. Ian Coury se encantava com o ritmo, os sons de cada instrumento, as canções variadas, de olhos bem arregalados, ouvidos sintonizados, pés e mãos batucando o que sentia.
Seu interesse e alegria saltava aos olhos de todos os que o conheciam a ponto de querer começar a tocar um instrumento para poder participar não só da roda de choro com o pai, mas também de ensaiar sozinho as trilhas musicais que lhe pousavam na cabeça. E assim foi. Seu pai deu-lhe de presente um bandolim usado comovido pela satisfação que o menino demonstrava pela música. O presente abriu um novo horizonte para o menino repleto de sonhos e amanhãs compassados pelo interesse musical.
O namoro instrumental pelo bandolim começou a revelar um novo mundo de encanto, descobertas e surpresas. Nascia o menino do bandolim. Quantas e quantas vezes deixou de participar das brincadeiras com os amigos para ficar em casa viajando pelas cordas, notas e acordes do bandolim. Este passou a ser seu divertimento e amigo preferido. Dava-lhe conhecimento musical, interesse rítmico, passatempo harmonioso, pesquisa sonora e, mais que tudo, entretenimento pessoal.
Não deixou os amigos e colegas de colégio, guardava tempo para vê-los e estar com eles entre brincadeiras, jogos e papos. Mas aos poucos levou consigo o amigo bandolim para mostrar a eles seu desempenho musical. O contágio pegou a todos de surpresa a ponto de muitas vezes organizar pequenas rodas onde passava as canções do momento.
O tempo passou, o interesse musical aumentava mais e mais, seguindo o seu progressivo aperfeiçoamento ajudado por amigos do pai que sabiam tocar bandolim. As notas escolares não destoavam das notas musicais em ritmo, harmonia e sucesso. O menino do bandolim conseguia combinar os estudos do colégio com os estudos da Escola de Choro Raphael Rabelo - Clube do Choro de Brasília e Escola de Música de Brasília por onde passou para desenvolver seu dom inato.
Ian Coury é brasiliense, nasceu no dia 4 de fevereiro de 2002. Como reconhecimento pelo seu esforço, trabalho e domínio musical ganhou dos pais um bandolin. A partir daí sua caminhada no cenário musical de Brasília e região segue para alcançar de vez o circuito nacional.
Na plateia, já se encontraram pelo menos alguns grandes músicos nacionais que o conhecem. Com ele já tocaram e apoiam seu virtuosismo, Armandinho Macedo, que prefacia o livro, Nélson Faria, Hamilton de Hollanda, Fernando César e Toninho Horta.
O livro encontra-se em fase final de produção e estará brevemente em pré-venda no site da Editora Patuá, SP, com lançamento previsto para os primeiros quinze dias de dezembro deste ano.