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Manifesto defende permanência do Teatro Casa Grande sem intervenção do Estado
Teatro Casa Grande resiste

Entidades representativas, instituições acadêmicas, organizações e cidadãos assinam documento repudiando qualquer tentativa de transformação ou extinção do Teatro Casa Grande, patrimônio cultural e histórico do Rio de Janeiro. O teatro fica na Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon.

Com mais de 40 anos de história, o Teatro Oi Casagrande possui uma programação variada nas artes cênicas e musicais. Sua estrutura possui poltronas confortáveis, fosso para orquestras e segurança para os espectadores.

Na segunda-feira, 27/1, artistas, movimentos sociais e políticos realizaram o “Abraço da Resistência” em defesa do histórico Teatro Casa Grande. O espaço cultural, situado no bairro Leblon, zona sul do Rio, está ameaçado pelo governo de Wilson Witzel, que pretende cassar a cessão de uso do terreno onde o teatro está instalado há 54 anos.

“Símbolo de resistência e de luta pela liberdade, palco dos mais importantes espetáculos artísticos apresentados no Rio nas últimas décadas, o espaço do Casa Grande não pode se tornar outra coisa que não o teatro, como estabelece tombamento estadual e municipal”, diz o documento.

A denúncia a essa agressão à cultura do Rio de Janeiro esteve a ponto de se concretizar com a proposta de se licitar como público um teatro construído e mantido com recursos privados, ainda que em terreno do estado, no contexto de acordo judicial firmado pelo Estado e autorizado pela Assembleia Legislativa, na década de 90.

Edital nesse sentido, divulgado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa, foi suspenso por determinação do Tribunal de Contas do Estado, devido a uma série de irregularidades, inclusive a exigência de aprovação prévia da programação, o que se traduz em censura à atividade artística. Apesar disso, a intenção das autoridades é insistir na licitação, como se o teatro tivesse sido construído e mantido com dinheiro público, o que nunca aconteceu.

“Nosso teatro não pode sair de cena. Vamos resistir!”, dizem os artistas e produtores culturais da cidade.

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