José Carlos Peliano (*) –
Rio de versos (**)
(a Thiago de Mello)
“Lanço uma rima em pródigo arremesso
em direção à luz do sol, que apago,
para ver outra luz de um sol espesso
que vem do Andirá nos versos de Thiago
Muito tive da vida o que mereço
pouco o que me valeu e ainda trago
como o verso sem o meu endereço
que habita os rios que nascem de Thiago
Antes que a vida, ao fim, me mostre o avesso
espero dela ainda um grande afago
ao ver um verso meu desde o começo
surgir das águas pelas mãos de Thiago”
(**) Do livro Dois Oceanos (Bárbara Bela editora, Brasília, 1999), Prêmio Bolsa Brasília de Produção Literária, 1998.
Oh! Andirá
Oh! Rio Andirá, ande lá
traga vida e leve a que há
nas correntes de lá e cá
Oh! Rio Andirá quem dirá
que água em ti é só o que dá
o som do amor dó, ré, mi, fá
Oh! Andirá, oh! Andirá
recolha teu poema já
nos versos de Thiago e vá
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(*) José Carlos Peliano é poeta, escritor, economista.
Nota do Editor: O poeta Thiago de Melo nasceu no dia 30 de março de 1926, na cidade de Barreirinha, no Amazonas. Leia mais sobre ele no site Wikipedia clicando aqui