José Carlos Peliano –
não desejo que Deus te pague
pagar-te ainda mais que eu?
antes que a pobreza me apague
quero a parte do que é meu
se a morte iguala o meu e seu
que a vida repita e nos trague
o que a riqueza me comeu
em tempo que o mundo me apague
o homem é quem paga a vida
a paga de Deus vem depois
sobra a ti a minha perdida
eu não vivo em curral de bois
não há guerra em paz repartida
para um não ser mais que dois