"A vida é de quem se atreve a viver".


Luiz Martins: "Quando será o último baile da Ilha Fiscal? Sinceramente, vocês acham que essa devassa no que já se sabia vai levar a alguma saída de fim de túnel?".
Quarentena, isolamento, distanciamento, máscaras e apocalipse

Luiz Martins da Silva –

Ascetismo monástico, poesia bucólica... Cotidiano embebido de álcool em gel e mãos rachadas de sabão líquido, detergente, desinfetante... E é só levantar um pouco a vista ao horizonte... cruzes!

Pandemia galopando, o apocalipse esturricando, o trânsito se engarrafando de novo, o novo normal se precipitando em feiras e shoppings, o Brasil no topo dos desacertos e, que ironia, o mais absurdo dos ministros de malas prontas, a deixar o país o mais breve possível e representar o Brasil num board multilateral, junto ao Banco Mundial e com um salário várias vezes maior do que o topo do topo, ou seja, o que embolsa um ministro do Supremo.

Quando será o último baile da Ilha Fiscal? Sinceramente, vocês acham que essa devassa no que já se sabia vai levar a alguma saída de fim de túnel? Mas, impeachment já é alguma coisa. Que venha logo a vacina, pois não suporto mais ver a morte ceifando como safra uma parte da população brasileira, em sua maioria a silenciosa legião de inocentes e pobres, pessoas ignoradas nas entrevistas comemorando o aumento na safra de grãos para a China. Acaso o hospício passa por aqui?

A Europa já discutindo como se unir para um novo Plano Marshall para o que a Angela Merkel avaliou como um arraso pior que o da II Guerra Mundial. Isto, para a Alemanha. E o Brasil? Que plano? Que planejamento? O presidente, a sua família e os seus 300 tentando se salvar das labaredas que atearam pelo caminho, ou seja, cadê governo? Alguma realização concreta? Desmontes, sim, aos montes. E os orçamentos? Para um gestor chamado Centrão, para ver se essa superbancada vai segurar o tranco.

O país sem rumo; a Saúde sem ministro; a Educação sem estratégia para um ensino a distância e o ex-sinistro, na raspa do tacho do ódio, tirando bolsas de negros e índios. No Itamaraty, um outro abrindo espaço para herdeiros monárquicos... A Justiça, preocupada em desmembrar a parte da Segurança Pública, enquanto a criminalidade rola solta e policiais espancam e matam pelas ruelas, atirando a esmo, perfurando adolescentes...Ufa! Aff!

Contar com quem? Mercosul? Trump? Europa? China? De quem tripudiaram? Do Macron chamado de micron? Como sempre, com nós mesmos, a massa dos contribuintes. Qual fênix desolada, teremos de nos reconstruir das nossas cinzas, dos nossos lutos e voltar à batalha de sempre, o batente, a luta, a labuta... Por falar nisto, já fizeram o Imposto de Renda? O prazo está se esvaindo e o Tesouro precisa de todos, embora a arrecadação não seja para todos.

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