"A vida é de quem se atreve a viver".


Erika Kokay, presidenta do PT-DF: "Nossas alianças se darão no campo democrático e popular".
Partidos só terão candidatos no DF quando o carnaval passar

Romário Schettino -

A esquerda e a direita estão se organizando no Distrito Federal para colocar o bloco na rua. Mas tudo só será definido depois do carnaval. PT aposta na candidatura Lula independentemente do resultado do julgamento no TRF4, dia 24 de janeiro.

Enquanto Jofran Frejat (PR) puxa a turma da direita rorizista e arrudista, flertado aqui e ali por ex-esquerdistas, como o senador Cristovam Buarque, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) busca a reeleição transitando numa aliança heterodoxa, de centro direita, que inclui o PSDB de Maria Abadia, setores evangélicos conservadores, supostos grupos independentes e alguns partidos nanicos.

Rollemberg trabalha seu marketing com inaugurações, início da extinção do lixão da Estrutural, anúncios de mais obras, comandando a máquina do GDF com recursos de R$ 1,3 bilhão liberado pela Câmara Legislativa.

O PT E O GDF

O Partido dos Trabalhadores abriu as inscrições para seus militantes se apresentarem como pré-candidatos aos cargos proporcionais. O prazo se encerrará dia 31 de março. A nominata definitiva sairá do Congresso do partido provavelmente em maio ou junho.

A presidenta do PT-DF, Erika Kokay, a despeito dos nomes dos petistas que circulam na imprensa (Arlete Sampaio, Geraldo Magela, Chico Vigilante, Ricardo Vale e outros), para a Câmara Legislativa, Wasny de Roure, para o Senado, e ela própria para a reeleição na Câmara dos Deputados, vê como animadora a possibilidade de novos nomes surgirem durante os debates internos.

Mas, quando perguntada sobre aliança para o GDF, Erika informa que “não há a menor possibilidade de o partido se aproximar de Rollemberg, que faz um governo incompetente e desumano com os servidores e com a população".

Em relação a Jofran Frejat, Érika é mais enfática: “Frejat está associado ao que há de pior na política brasiliense, que é o rorizismo e a Caixa de Pandora do ex-governador Roberto Arruda. Portanto, está fora de nosso arco possível de aliança".

Independentemente do resultado do julgamento do TRF4, de Porto Alegre, a candidatura Lula está colocada. A direção nacional do partido está disposta a manter a candidatura Lula até o fim, ou seja, até esgotar todos os recursos possíveis e imagináveis.

Em relação ao DF, disse Érika: “Estamos seguindo as resoluções do partido que orientam a busca de frentes com unidade programática, visando construir o campo democrático e popular”.

Por isso mesmo, o PT não descarta uma aliança com o PDT de Joe Valle e com o PCdoB. No entanto, Érika admite que o partido pode ter um candidato, ou uma candidata, próprio(a) ao GDF e o nome da professora Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF, é uma opção.

AS OPÇÕES DO PSOL

No final do ano passado o PSol decidiu que a professora Fátima Souza, diretora da Faculdade de Saúde da UnB, será a coordenadora do Programa de Governo e, depois do carnaval, quando se desincompatibilizar do cargo, será formalizada como pré-candidata ao GDF.

Maria de Fátima foi aluna de dom Elder Câmara e participou da equipe de saúde da prefeita Luísa Erundina em São Paulo. Depois, foi coordenadora nacional do Saúde da Família do governo Itamar Franco.

Para o Senado, dois nomes: Anderson Batista de Melo, professor do Departamento de História da União Pioneira de Integração Social (UPIS-DF); e o jornalista Chico Sant´Anna, servidor do Senado aposentado e colunista do jornal Brasília Capital.

Para Deputado Federal, a médica Maninha será a puxadora de votos. Ela foi deputada distrital e federal. Para a Câmara Legislativa o PSol está apostando no Toninho, candidato ao GDF na eleição passada, Fábio Felix e Anjuli Tostes, consultora da Controladoria Geral da União (CGU).

Para vencer a cláusula de barreira os pequenos partidos como PSol e PCdoB estão lançando candidatos a cargos majoritários para tentar eleger a maior bancada legislativa possível.

O PCdoB lançou Manoela D´Ávila, para a Presidência da República, e o PSol está entre Guilherme Boulos, do MTST, Plínio de Arruda Sampaio Júnior e Sônia Guajajara (Tânia Pacheco). O maestro Jorge Antunes também se articula para a disputa interna. Mas só depois da Conferência Eleitoral de março é que o PSol definirá seu candidato a Presidente.

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