"A vida é de quem se atreve a viver".


Arlete: "Quando nos dispomos a fazer coligações, estamos abertos a todas as possibilidades, mas não descartamos candidato próprio".
PT pode apoiar outro partido na disputa pelo GDF

Romário Schettino -

A decisão do PDT de desembarcar da aliança que mantinha com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) escancarou a corrida pela sucessão ao governo do Distrito Federal. O presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), está trabalhando abertamente pela sua candidatura ao poder Executivo.

Rollemberg denunciou o “oportunismo eleitoreiro” do PDT, como se o PSB não tivesse feito o mesmo no governo Agnelo Queiroz, do qual foi aliado e de cuja aliança se beneficiou para se eleger ao Senado, e de onde saiu para o Palácio Buriti criticando duramente a gestão do PT.

O Partido dos Trabalhadores está na disputa e se prepara para construir o seu projeto de governo. Na próxima segunda-feira, às 19h, no Teatro dos Bancários, o partido dará início ao projeto “O DF e o Brasil que o povo quer” por meio de uma plataforma digital que permitirá que qualquer pessoa possa interagir e dar sua contribuição.

A ex-governadora e ex-deputada distrital Arlete Sampaio (PT) comentou a situação da política atual no DF em entrevista ao jornal Correio Braziliense na edição de hoje, 11/10.

Para ela, não está descartada a possibilidade de lançamento de candidatura própria. “Tem meu nome colocado, assim como os de Erika Kokay, Wasny de Roure e Geraldo Magela”. Mas neste momento, Arlete diz que a “prioridade é a construção do projeto para o DF com a participação da população”.

Arlete lembra também que é possível construir alianças com os partidos que estiveram contra o impeachment, como o PDT, PCdoB e PSol. Ao defender a ideia de coligação no campo progressista, a dirigente petista admite, inclusive, apoiar uma candidatura fora do PT, como o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle.

Sobre o desempenho do governo Agnelo Queiroz, Arlete disse ao Correio que o governador petista “não tratou o PT como o PT merece ser tratado e, ao final, com todos os desacertos na questão financeira, prejudicou a imagem do PT, principalmente aliado a toda a campanha anti-PT que se faz no Brasil”.

“Li outro dia que o PT estaria fraco, fragilizado. Vamos mostrar que não é assim. O partido filiou 18 mil novos militantes nos últimos três anos. Temos base política e social. Vamos defender os servidores e, sobretudo, a qualidade da prestação dos serviços públicos”, finaliza Arlete, disposta a participar da disputa política no DF em qualquer posição, seja como candidata, seja como articuladora.

Outras forças políticas trabalham nomes como Jofran Frejat (PR), Alberto Fraga (DEM), Izalci Lucas (PSDB), Rogério Rosso (PSD), Tadeu Filipelli (PMDB), pelo menos. Mas muita água ainda vai correr sob todas essas pontes em construção até a definição dos nomes que concorrerão em 2018.

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