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Erika: "“O PT nasceu como um partido de luta e de transformação. Vamos dialogar com a cidade, a juventude, os sindicatos e os movimentos sociais para enfrentar os inúmeros desafios que temos pela frente".
Erika Kokay, na presidência do PT-DF, promete unidade e luta

Romário Schettino (*) -

“Vamos construir a unidade para fortalecer a luta por uma sociedade com igualdade, diversidade e liberdade no Distrito Federal e no Brasil”, disse a deputada federal Erika Kokay, ao assumir neste domingo (7/5) a presidência do PT-DF.

Em meio a uma de suas piores crises, o Partido dos Trabalhadores (PT) realizou, em todo o país, neste final de semana, congressos estaduais para renovar suas direções, numa demonstração de força política sem precedentes em qualquer outra agremiação partidária brasileira em situação semelhante.

Com a eleição dos delegados nos congressos estaduais, nos dias 1, 2 e 3 de junho será a vez do 6º Congresso Nacional do PT para eleger a nova direção nacional. Os senadores Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann são os prováveis candidatos a presidente nacional da sigla.

Em Brasília, 300 delegados, eleitos em 19 zonais do DF, se reuniram no auditório da Câmara Legislativa e escolheram, por unanimidade, a deputada Érika para presidir o partido. Os votos foram para a chapa Unidade Petista - Fora Temer - Lula Presidente.

Em seu discurso de posse, Érika entoou palavras de ordem: “Fora Temer”, “Fora Rollemberg” e “viva do Partido dos Trabalhadores!”.

Eleita numa conjuntura local e nacional bastante adversa, a parlamentar defendeu o diálogo, unidade e firmeza partidária para se opor aos desmontes de direitos promovidos pelos governos de Michel Temer e de Rodrigo Rollemberg.

“O PT nasceu como um partido de luta e de transformação. Vamos dialogar com a cidade, a juventude, os sindicatos e os movimentos sociais para enfrentar os inúmeros desafios que temos pela frente. A centralidade da nossa agenda será a luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, das mulheres, negros, LGBTs, crianças e adolescentes”, disse a parlamentar em seu discurso de posse.  

Para compor o Diretório do PT-DF, a tendência Democracia Socialista (DS) indicou a ex-deputada distrital Arlete Sampaio e o jornalista Fernando Tolentino.

Arlete, que vai fazer parte da Executiva do partido, defendeu a realização, em setembro deste ano, de um Congresso extraordinário para definir as estratégias para o ano eleitoral de 2018.

A nova Executiva e o Diretório do PT deverão dar novo rumo ao partido e definir uma linha de ação mais ativa, “menos omissa”, como disse uma fonte, em relação ao governo de Rodrigo Rollemberg (PSB).

“O GDF não pode continuar sendo objetivo apenas da direita candanga, sem nenhuma oposição efetiva, viável, propositiva, do PT”, defendem alguns petistas adeptos da mudança.

A presença do PT nas bancadas distrital (três deputados - Wasny de Roure, Ricardo Vale e Chico Vigilante) e federal (Erika Kokay), tem se mostrado insuficiente para mobilizar seus filiados nos confrontos políticos com o governo do PSB. O partido sumiu do noticiário e não possui nenhuma alternativa de comunicação com sua militância, tradicionalmente aguerrida e combativa.

As divergências no encaminhamento de propostas e votação no Parlamento só podem ser corrigidas com uma direção unitária e presente. Talvez seja por isso que o PT, enquanto direção partidária, tenha se ausentado de questões cruciais como a greve dos professores, dos policiais, e da crise na saúde, para citar alguns problemas da cidade.

A trajetória política de Érika

Erika iniciou sua militância política em 1976 na Universidade de Brasília (UnB). Chegou a ser expulsa arbitrariamente por sua luta em defesa da democracia e da liberdade de expressão.

Em 1982, ingressou na Caixa Econômica Federal e, em 1985, organizou a primeira greve dos funcionários da Caixa, na qual a categoria conquistou a jornada de seis horas e o direito à sindicalização.

Foi eleita presidenta do Sindicato dos Bancários de Brasília por dois mandatos (em 1992 e 1998), sendo a única mulher a exercer o cargo até hoje.  Em 2000, foi eleita presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF).

Conquistou dois mandatos de deputada distrital nos anos de 2002 e 2006. Em 2010, elegeu-se deputada federal pela primeira vez, sendo eleita novamente em 2014.

Atualmente, é a única mulher a representar o DF no Congresso Nacional. Faz um mandato fortemente vinculado aos movimentos sociais e à luta pelos direitos humanos. É vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.
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(*) Com o site da deputada Erika Kokay.

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