"A vida é de quem se atreve a viver".


  “Reconhecemos que a militarização da Europa Oriental revelou os objetivos das autoridades americanas e seus satélites da Organização do Atlântico Norte (Otan)”
Manifesto da Nova Fiari contra a guerra na Ucrânia

A Nova Fiari (Federação Internacional de Arte Revolucionária e Independente), fundada em 2021 por artistas do Brasil, Argentina, México, Bélgica, Espanha, Suíça, Itália e França, retoma os princípios de base da Fiari que, fundada em 1938, no México, por Trotsky, Bréton e Rivera, teve uma vida efêmera na luta contra a barbárie.

A Nova Fiari, segundo seus fundadores, “busca uma aliança global de artistas independentes preocupados com a vida, a liberdade de expressão e a criação artística, a proteção das culturas indígenas ancestrais, a proteção da biosfera terrestre e a luta contra todos os tipos de controle e barreiras à arte e à cultura em geral, bem como contra todas as formas de autoritarismo e dirigismo”.

Por isso, a Nova Fiari se manifesta sobre a grave situação da guerra na Ucrânia da seguinte forma:

“A Fiari não pode ficar indiferente à grave situação que se desenrola na Ucrânia. Rejeitamos o ataque que a Rússia promove contra aquele país, desrespeitando sua soberania.

Reconhecemos que a militarização da Europa Oriental revelou os objetivos das autoridades americanas e seus satélites da Otan.

Somente a desmilitarização e a desnazificação em todo o mundo garantirão segurança duradoura para todas as nações. Por essa razão condenamos a agressão militar sofrida pela Ucrânia.

Nossa posição, como artistas revolucionários e independentes, é defender a paz mundial, com respeito à autodeterminação dos povos, para que toda a humanidade possa avançar rumo ao progresso social e à justiça social, no caminho do socialismo.

Algumas instituições culturais nos Estados Unidos e na Europa estão começando a retaliar e boicotar artistas russos que vivem e fazem arte no exterior, como se eles fossem de alguma forma responsáveis pela agressão russa contra a Ucrânia. Represálias injustas foram sofridas pelo maestro Valery Gergiev e pelos pianistas Denis Matsuev e Boris Berezovsky. Condenamos essa prática covarde e injusta e oferecemos solidariedade aos nossos colegas artistas russos que sofrem boicotes absurdos.

Não à ocupação russa da Ucrânia!”

12 de maio de 2022

Frédéric ACQUAVIVA (France)
Jorge ANTUNES (Brésil)
Josep Manuel BERENGUER (Espagne)
Gonzalo BIFFARELLA (Argentina)
Fábio BRASILEIRO (Brésil)
Carlos CANHOTO (Portugal)
Julio CATALANO (Argentine)
Pauxy GENTIL-NUNES (Brésil)
Manuel Rocha ITURBIDE (Mexique)
Dieter KAUFMANN (Autriche)
Ilia R. KHUNTSARIA (Géorgie)
Emilio MENDOZA GUARDIA (Venezuela)
Marcelo TORCATO (Brésil)
Gerson VALLE (Brésil)
Gabriel VALVERDE (Argentine)

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