Centenas de trabalhadores saíram às ruas hoje, 17/7, em defesa do sistema sócio-economico e da paz na ilha de Cuba. O ato político-cultural foi realizado no calçadão de La Habana com a presença do general de Exército Raúl Castro Ruz, o primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba, Diaz Canel e outros líderes das organizações de massa.
"Viemos aqui para mostrar que estamos dispostos a defender a obra da Revolução, que é de todos", disse Héctor Román, educador do município de Guananacoa. "Não quero guerra para meus filhos e netos, não quero o egoísmo do capitalismo, por isso estou aqui, para exigir o fim do bloqueio econômico dos Estados Unidos, que não nos permite desenvolver", acrescentou.
Alguns cantam ‘Pa’lo que sea Canel, pa’lo que sea’ (Pelo que for Canel, pelo que for), em apoio ao presidente do país, Miguel Díaz-Canel. Nos edifícios próximos foram penduradas bandeiras de Cuba.
A frase do Herói Nacional José Martí que diz que os homens vão em dois grupos: os que amam e fundam, e os que odeiam e destroem, também esteve presente na manifestação, rechaçando os vários participantes que praticaram vandalismo do domingo passado.
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas publicou no Twitter uma nota exigindo a libertação imediata de todos os manifestantes detidos no exercício do direito fundamental de protestar. Junto, foi publicada uma foto da cubana Betty Pairol Quesada envolta numa bandeira de seu país (na foto, abaixo) como se ela estivesse apoiando os anti-governistas.
Betty, por sua vez, publicou no Twitter nota denunciando “energicamente o uso e a manipulação” de sua imagem como símbolo dos protestos “dos delinquentes e vândalos em Cuba”. E concluiu: “Somos continuidade, viva a Revolução. Não ao bloqueio a Cuba”.