"A vida é de quem se atreve a viver".


A Associação Brasileira de Economistas pela Democracia pede apuração célere dos indícios de prática criminosa que vieram a público e pela necessidade de reversão das penas a que foram submetidos os que foram julgados em operação que se desenrolou sem a lisura necessária e ao arrepio da lei.
Economistas pela Democracia estão indignados com a parcialidade da Lava Jato

A Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (Abed) divulgou hoje nota declarando-se indignada “diante da divulgação de conversas nada republicanas entre destacados membros da Lava Jato, mostrando vergonhosa parcialidade e instrumentalização política da operação”.

A entidade ressalta que defende as ações de combate à corrupção e lembra que a Operação Lava Jato só foi possível com o fortalecimento das instituições de Estado, em particular a Polícia Federal e o Ministério Público.

A nota da Abed lamenta que “essa operação tenha se transformado em um instrumento para demonizar e perseguir partidos e líderes de forma seletiva, agindo politicamente e ocupando um espaço que não lhe era devido”. E acrescenta que ao agir dessa forma a Lava Jato “contribuiu decisivamente para o processo de devastação da economia e da sociedade brasileira que assistimos nos últimos anos, com a reversão de conquistas democráticas obtidas desde a promulgação da atual Constituição e que favoreceram setores vulneráveis da população”.

Os Economistas pela Democracia repudiam também o fato de que a “operação Lava Jato tenha sido protagonista da interminável crise política em que o país foi jogado desde 2014.” Os palanques da campanha eleitoral daquele ano, para a Abed, “nunca foram desmontados, gerando um ambiente de incerteza de tal magnitude que paralisa planos de consumo e projetos de investimento, num círculo vicioso de retração que alimenta ainda mais incertezas”.

Por fim, a Abed aponta para os efeitos corrosivos da Lava Jato. Em vez de investigar e acusar pessoas, preservando empresas e setores essenciais, como a construção civil, destruiu milhares de empregos. Esse setor vinha apresentando desenvolvimentos de escala e tecnológicos e gerando vagas no mercado de trabalho. Hoje, apresenta retração de 28%, em relação a 2014.

Por sua vez, ainda segundo a Abed, a Petrobrás, que vinha sendo responsável por grande parcela dos investimentos produtivos no país foi totalmente desestruturada.

Diante de tudo disso, a Associação dos Economistas “manifesta-se pela necessidade de apuração célere dos indícios de prática criminosa que vieram a público e pela necessidade de reversão das penas a que foram submetidos os que foram julgados em operação que se desenrolou sem a lisura necessária e, assim, ao arrepio da lei.”

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