"A vida é de quem se atreve a viver".


Trabalho de Francisco Hurtz: sociedade, ódio, você
Exposição LGBT: O tempo de nossas vidas

Abertura no dia 6 de junho (quarta-feira), às 19h. na Casa da Cultura da América Latina, (Setor Comercial Sul Q. 4 Ed. Anápolis, Brasília). Com temática LGBT, a mostra faz uma reflexão sobre envelhecimento, ativismo político e violência, e estará aberta à visitação até o dia 17 de julho.

A exposição coletiva reúne 18 artistas de arte contemporânea, três deles de países da América Latina. Entre os artistas estão Gê Orthof (Prêmio Marcantônio Vilaça); Célio Braga; Bia Medeiros; Francisco Hurtz; Maria Eugênia Matricardi; Rafael Bqueer; Leci Augusto; e os estrangeiros Rocio Garcia e Alexander Lombaina, de Cuba; Nelson Morales, do México, e Fredman Barahona, da Nicarágua.

Os efeitos do tempo na vida de cada um – gays, lésbicas, bissexuais e transexuais –, é o recorte da curadoria, que procurou trabalhos artísticos que pudessem expressar esse momento em que a maturidade chega junto com novos enfrentamentos como a vulnerabilidade física, a solidão, problemas de saúde e o isolamento social.

“Os idosos, em geral, são invisibilizados pela sociedade que valoriza o vigor, a beleza jovial, e a energia física. Em se tratando de LGBTS, pouco sabemos sobre eles, mesmo reconhecendo que estão por aí. Os problemas são diversos, desde a baixa expectativa de vida de pessoas trans, de 35 anos, à falta de políticas sociais e de saúde para a comunidade LGBT. A geração de homossexuais que se assumiram na década de 1970, anos da liberação dos costumes, chegou à velhice. O que eles têm a dizer?”, questiona o curador Clauder Diniz.

A exposição se completa com o tempo dos jovens que mostram nas suas produções o ambiente das redes sociais e das provocações, do ativismo político e do combate ao ódio. Trata-se de nova geração de artistas que aposta em um outro mundo.

Entre as obras que serão expostas na Casa da Cultura da América Latina, está a instalação do artista Gê Orthof que fala do desejo, com imagens de nus masculinos, baralhos eróticos, e citações literárias; fotografias do artista mexicano, Nelson Morales (foto abaixo), com registros dos muxes, da etnia zapoteca, do sul do México -  indivíduos não-binários, que se relacionam sexualmente com homens e mulheres, considerados o terceiro gênero, culturalmente aceitos e respeitados pela comunidade; Bia Medeiros, lésbica, apresentará uma instalação com imagens fragmentadas do seu corpo; Célio Braga trabalha com desenhos minimalistas feitos com pequenas perfurações manuais no papel, são três séries, em uma delas apresenta datas que se referem ao vencimento de remédios ou da própria vida, em outra são desenhos feitos sobre bulas de remédios usados no tratamento de AIDS; e o artista Francisco Hurtz terá 3 séries de desenhos e pinturas em que fala de machismos, comportamentos heteronormativos e homofobia.


A exposição faz parte do XV Seminário LGBT do Congresso Nacional, que neste ano tem como tema principal o envelhecimento e morte na perspectiva da comunidade LGBT. O evento está programado para o dia 06 de junho, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Esta é a terceira exposição com temática LGBT organizada pelo curador Clauder Diniz.

Lista de artistas:
1. Alexander Lombaina ( Cuba)
2. Bia Medeiros
3. Caio Jinkings
4. Célio Braga
5. Diego Bernardino
6. Eduardo Fenato
7. Francisco Hurtz
8. Fredman Barahona ( Nicarágua)
9. Gê Orthof
10. Gê Viana
11. Leci Augusto
12. Márcio Mota
13. Maria Eugênia Matricardi
14. Nelson Morales ( México)
15. Pamela Soares
16. Rafael Bqueer
17. Ricardo Gauthama
18. Rocio Garcia (Cuba)

Serviço:
Abertura: 6 junho de 2018 – 19 h
Visitação: 7 de junho a 17 de julho de 2018
Endereço: Casa da Cultura da América Latina  - CAL - (Setor Comercial Sul Q. 4 Ed. Anápolis - Asa Sul, Brasília – DF).
Horário: De segunda a sexta, das 9h às 20h; sábados, das 9h às 17h.
Entrada gratuita.

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