Sociólogo, autor de “A Elite do Atraso”, Jessé de Souza põe em debate como a origem do Brasil segue afetando a formação política e social do país. Com entrada franca, palestra será realizada na próxima terça-feira (17/04), às 13h30, na UnB, e às 19h, no Museu Nacional da República, na Esplanada dos Ministérios.
O projeto Diálogos Contemporâneos retoma as atividades na próxima terça-feira, dia 17 de abril, com palestra e debate com o sociólogo Jessé Souza, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
O tema abordado será “A formação do Brasil: do descobrimento aos tempos atuais - a herança cartorial, o patrimonialismo e a cultura de privilégios”. O evento acontece às 13h30, na Universidade de Brasília, e às 19h, no Museu Nacional da República, na Esplanada dos Ministérios.
O tema propõe uma reflexão sobre as raízes da sociedade brasileira, as contradições na formação de sua história e as disputas que definiram os modelos de direção política e econômica do país, passando pela herança colonial e a base escravagista até os tempos atuais, em que ainda há distorções e preconceitos inseridos na sociedade. Qual a relação entre a origem do Brasil e o momento atual na ordem política e social brasileira?
Jessé de Souza é formado em direito e sociologia pela Universidade de Brasília. Possui doutorado em sociologia pela "Karl Ruprecht", na Alemanha. Escreveu e organizou 22 livros em três idiomas sobre sociologia política, teoria da modernização periférica e desigualdade no Brasil contemporâneo. Atualmente é professor titular de ciência política na Universidade Federal Fluminense no Rio de Janeiro.
DIÁLOGOS CONTEMPORÂNEOS
O que esperar do Brasil do futuro? Quais os obstáculos para se criar um país mais inclusivo, que respeite as diferenças e onde todos tenham acesso à educação de qualidade? Como lidar com a solidão nas grandes cidades e frear o avanço da depressão na população brasileira?
Por meio de uma série de dez conferências, os Diálogos Contemporâneos buscam debater essas e outras questões que envolvem a complexidade, os problemas e a diversidade do Brasil atual.
O evento será realizado Museu Nacional de Brasília, até 12 de junho. Algumas das palestras serão realizadas, também, na Universidade de Brasília (UnB). A entrada é franca e sujeita à lotação.
O QUE VEM POR AÍ:
Djamila Ribeiro, pesquisadora e mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo, discute o tema "Diversidade Cultural e de Gênero no Brasil: a construção de uma sociedade democrática e fraterna e o respeito às diferenças” no dia 23 de abril.
A programação de maio começa com o tema “Os esquecidos: Identidade, Território e afirmação das Nações Indígenas brasileiras”, no dia 8 de maio, por Fernanda Kaingáng, indígena especialista em biodiversidade. Questões sobre religiosidade o estado laico serão abordadas no dia 15 de maio pelo professor de filosofia Vladimir Safatle em “Estado, Igreja e Democracia - Novas Religiões, Teologia da Prosperidade e os desafios do secularismo”. Dia 29 de maio, o escritor Ignácio de Loyola Brandão apresenta “A cultura do descarte, a sociedade de consumo e a tragédia do meio ambiente”.
As dificuldades de ascensão social serão discutidas na palestra “Mobilidade social e empreendedorismo - o estado, o mercado e as possibilidades de superação das desigualdades e de ascensão social na sociedade brasileira”, proferida pelo economista Luiz Gonzaga Beluzzo no dia 5 de junho.
Diálogos Contemporâneos encerra suas atividades no dia 12 de junho discutindo as duas condições humanas mais preocupantes do século XXI: a depressão e a solidão com a palestra “O Espaço do Amor e da Afetividade nas Grandes Cidades” pela antropóloga Mirian Goldemberger.