Após a estreia da peça “Azul da Prússia”, de Alexandre Ribondi, no Teatro do Brasília Shopping, ontem, sexta (20/1), Brasiliarios.com recolheu quatro comentários em páginas do Facebook que reproduzimos aqui.
O primeiro, de Arthur Fernando Costa:
"Fui ver! Que beleza de trabalho! Saí tocado, pois vivenciei perdas importantes na ditadura, que me deixaram marcas profundas.
Azul de Prússia mexeu nessas minhas feridas, reavivou memórias adormecidas, trouxe-me imagens, cheiros, sons, amores...
Parabéns, caro amigo [Ribondi], por mais essa obra inesquecível. E obrigado pelos bons momentos que passamos juntos naquele palco azul!"
O segundo, de Lourdes Teodoro, diz o seguinte:
“Estou chegando [sexta, 20/1] do Teatro de Bolso do Brasília Shopping onde assisti à peça Azul da Prússia, escrita e encenada por Alexandre Ribondi.
O autor faz um morador de rua, produto da ditadura que destruiu muitas vidas, muitas famílias, acomodou a educação brasileira às exigências norte-americanas (acordos MEC/USAID), proibiu a abordagem de vários assuntos pela imprensa - o racismo, por exemplo era assunto proibido etc.
O morador de rua contracena com um jovem [interpretado por Matheus Silva] que... não chega a fazer perguntas... Por que volta e meia o mendigo alucina cenas de tortura e tem medo do jovem?... O ator Alexandre Ribondi nos comoveu.
O texto é bom e a performance dos dois atores foi impecável. Mas e os jovens que pouco sabem da ditadura, como será que receberam, ou receberão, a peça? Estou curiosa”.
Lourdes diz ainda: “Eu quero recomendar a vocês a peça Azul da Prússia. Arte, em grande parte expressão do inconsciente, é atemporal: passado e presente resultam no tempo de duração da obra.
Pós 1964, o ator brinca com sua dor, compartilha suas feridas, ri, faz amigos e dialoga com seus fantasmas... Intensa, amarga, trágica, com pinceladas de poesia. É assim o terrível e fascinante Azul da Prússia, um tom sofisticado que Ribondi deu à sua peça”.
Mais dois comentários:
A jornalista Nira Foster diz: “A propósito da peça Azul da Prússia, durante o espetáculo, várias voltas ao passado. Me emocionei"
Já Antonio Carlos Bigonha:
"Ontem fomos assistir Azul da Prússia, mais recente trabalho do craque Alexandre Ribondi. Além do excelente bom humor do texto de Ribondi, a peça nos trás reminiscências da ditadura no Brasil recente e de suas sequelas na alma dos brasileiros. Engraçado e emocionante. Imperdível!!!"
A peça fica em cartaz até o dia 29 de janeiro, sempre sexta, sábado e domingo, às 20h.