De 19 a 25 de janeiro. Destaque para o filme "Eu, Daniel Blake", de Ken Loach, merece 5 estrelas. Eis o que dizem sobre ele dois jornalistas:
“É um soco no estômago de quem defende o neoliberalismo. Uma critica humanista ao sistema de proteção social injusto da Inglaterra conservadora. Um filme sobre a vida dos pobres do primeiro mundo e toda a crueldade pós-estado do bem-estar social desarticulado desde Margareth Thatcher. Palma de Ouro Para merecida em Cannes”. (Romário Schettino).
A jornalista Sandra Crespo diz que o filme mostra como o “sistema” torna as pessoas invisíveis. “É uma porrada na sociedade consumista”, disse ela em sua página no Facebook.
Veja aqui os filmes que estarão em cartaz no Cine Brasília, de 19 a 25 de janeiro de 2017. Aproveite.
Permanecem em cartaz:
Eu, Daniel Blake - (drama - Reino Unido/França/Bélgica - 101min/2017) - de Ken Loach. Com: Dave Johns, Hayley Squires, Dylan McKiernan.
Sinopse: Após sofrer um ataque cardíaco e ser desaconselhado pelos médicos a retornar ao trabalho, Daniel Blake (Dave Johns) busca receber os benefícios concedidos pelo governo a todos que estão nesta situação.
Entretanto, ele esbarra na extrema burocracia instalada pelo governo, amplificada pelo fato dele ser um analfabeto digital. Numa de suas várias idas a departamentos governamentais, ele conhece Katie (Hayley Squires), a mãe solteira de duas crianças, que se mudou recentemente para a cidade e também não possui condições financeiras para se manter. Após defendê-la, Daniel se aproxima de Katie e passa a ajudá-la.
O que foi dito: No Festival de Cannes de 2014, na coletiva concedida por Jimmy's Hall, Ken Loach surpreendeu ao dizer que considerava a aposentadoria. "Primeiro irei acompanhar a Copa do Mundo, depois veremos o que o outono trará."
Dois anos depois, o veterano diretor está de volta ao festival com um longa-metragem extremamente fiel às suas crenças. Felizmente! ... o filme tem o tom incisivo típico de Loach ao apontar desvios existentes na sociedade atual.
Em Eu, Daniel Blake, o diretor retorna ao habitual tema da defesa das minorias perante os abusos cometidos pelo Estado, agora em relação à burocracia existente para se obter benefícios sociais concedidos pelo governo. (Francisco Russo)
O Apartamento - (drama/Irã/França - 123min/2017) - de Asghar Fahadi. Com: Shahab Hosseini, Taraneh Alidoosti, Babak Karimi
Sinopse: Emad (Shahab Hosseini) e Rana (Taraneh Alidoosti) são casados e encenam a montagem da peça teatral "A Morte de um Caixeiro Viajante", de Arthur Miller. Um dia, eles são surpreendidos com o alerta para que eles e todos os moradores do prédio em que vivem deixem o local imediatamente.
O problema é que, devido a uma obra próxima, todo o prédio corre o risco de desabamento. Diante deste problema, Emad e Rana passam a morar, provisoriamente, em um apartamento emprestado. É lá que Rana é surpreendida com a entrada de um estranho no banheiro, justamente quando está tomando banho.
O susto faz com que ela se machuque seriamente e vá parar no hospital. Entretanto, é o trauma do ocorrido que afeta, cada vez mais, suas vidas.
O que foi dito: O iraniano Asghar Farhadi tem construído sua carreira como diretor e roteirista baseando-se no cruzamento entre diversos personagens, cujos princípios morais desencadeiam conflitos na vida uns dos outros.
É um exercício meticuloso, devidamente empregue à mercê dos seus atores que tudo fazem para dar ênfase dramática a uma curiosa forma realismo.
O Apartamento se aproxima do território de Alain Resnais, mas não deixa de lado suas heranças, quer culturais, cinematográficas e pessoais. No fim, a moralidade nunca conduz a uma só verdade. A moral nasce, cresce, vive e morre em cada um de nós, o cinema Farhadi apenas nos providencia essas ferramentas. (Hugo Gomes)
O Homem que caiu na Terra - (ficção - científica/drama/Reino Unido/EUA - 139min/1976/2017), de Nicolas Roeg. Com: David Bowie, Buck Henry, Candy Clark, Rip Torn, Bernie Casey.
Sinopse: Thomas Jerome Newton (David Bowie) é um alienígena que vem à Terra em busca da salvação de seu planeta: água. Disfarçado de empresário, ele faz uso de tecnologias avançadas para conseguir o dinheiro necessário para a construção da nave que o levará de volta para casa. Para isso, no entanto, ele deverá sobreviver à dura competição do mundo dos negócios e às tentações terráqueas.
O que foi dito: Antes de Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977), Os Invasores de Corpos (1978) e Alien, o 8º Passageiro (1979), a humanidade conheceu outro alienígena: David Bowie. O ano é 1976, quando o conceito de blockbuster ainda está se desenvolvendo.
Os filmes não são necessariamente pensados para ter sequências ou produtos derivados, nem precisam constituir um espetáculo de efeitos visuais ou sonoros.
Por esta razão, e pela maneira criativa com que o diretor Nicolas Roeg aborda o desconhecido, O Homem que Caiu na Terra é uma ficção científica inabitual para o cinema do século XXI... as cenas mais inspiradas são tão marcantes que valem pela obra inteira. Pode não se tratar de um filme genial, mas é um experimento imagético de primeira grandeza. (Bruno Carmelo)
Programação:
Quinta-Feira (19/01)
14h30 – Eu, Daniel Blake
16h30 – O Apartamento
19h00 – Eu, Daniel Blake
20h50 - O Homem que caiu na Terra
Sexta-Feira (20/01)
14h30 – Eu, Daniel Blake
16h30 – O Apartamento
19h00 – Eu, Daniel Blake
20h50 - O Homem que caiu na Terra
Sábado (21/01)
14h30 – Eu, Daniel Blake
16h30 – O Apartamento
19h00 – Eu, Daniel Blake
20h50 - O Homem que caiu na Terra
Domingo (22/01)
14h30 – Eu, Daniel Blake
16h30 – O Apartamento
19h00 – Eu, Daniel Blake
20h50 - O Homem que caiu na Terra
Segunda-feira (23/01)
14h30 – Eu, Daniel Blake
16h30 – O Apartamento
19h00 – Eu, Daniel Blake
20h50 - O Homem que caiu na Terra
Terça-feira (24/01)
14h30 – Eu, Daniel Blake
16h30 – O Apartamento
19h00 – Eu, Daniel Blake
20h50 - O Homem que caiu na Terra
Quarta-feira (25/01)
14h30 – Eu, Daniel Blake
16h30 – O Apartamento
19h00 – Eu, Daniel Blake
20h50 - O Homem que caiu na Terra