"A vida é de quem se atreve a viver".


Um Festival bem aqui, ao lado de casa

Alexandre Ribondi -

Anápolis, essa cidade desconhecida, está apresentando, desde o dia 19 de julho (e até o dia 24), a XXV Mostra de Teatro e o X Festival Nacional de Teatro.

Com produções locais, reservadas à Mostra, que não tem caráter competitivo, e com obras vindas de Goiânia, Brasília e apenas uma do Rio de Janeiro, o evento pode ter a capacidade de fazer com que o Centro-Oeste olha para o seu próprio umbigo e se conheça melhor.

O Distrito Federal abriu o Festival. À tarde, no Parque Ipiranga, com o espetáculo Exemplos de Bastião, do grupo Mamulengos Sem Fronteiras. À noite, o Teatro Municipal foi o palco para Os Estonianos, dirigido por Fernanda Rocha e Larissa Mauro.

Para o secretário de Cultura de Anápolis, Augusto César de Almeida, “toda a cidade se movimenta com as apresentações dos espetáculos, com as oficinas e com as políticas culturais setoriais. A beleza e a magia do teatro e do circo contagiam a cidade”.

Na verdade, Anápolis tem história para contagiar quem vem à Mostra e ao Festival, que mantém uma lotação de cerca de 80% do teatro durante as apresentações.

Um dos membros do júri, o ator e diretor Jonatas Tavares, é anapolino e foi ele um dos criadores da Mostra, quando a cidade, sobrevoada por aviões Mirage, ainda era área de segurança nacional.

Ele lembra: “Anápolis sempre foi uma cidade com pendores intelectuais, com tradição de teatro e circo. O palhaço Carijó, da tradicional família circense italiana Simonetti, era daqui”.

É provável que essa tradição tenha feito com que o secretário Augusto de Almeida tenha lembrado a importância de eventos desse porte para a afirmação de uma cidade que nascida Sant’Anna das Antas, completa agora 109 anos de vida.

No Festival, a grande e boa surpresa, para os brasilienses, tem sido Goiânia.  Em primeiro lugar, foi justamente no Parque Ipiranga, um antigo brejo transformado em área de lazer pela administração do prefeito Antônio Gomide (PT), que se apresentou o grupo goianiense Carroça, com o divertido, criativo e ácido espetáculo Tartufo, Era Uma Vez, com direção de Constantino Isidoro.

E, no mesmo dia, o poético e muito bem acabado espetáculo Lágrimas de Guarda-Chuva subiu ao palco para a ovação do público.

A peça é dirigida por Danilo Alencar e teve a preparação de elenco comandada pelo palhaço, ator e diretor brasiliense Zé Regino.

Para o último dia, sexta-feira, estão programadas as peças Farsa da Boa Preguiça, do grupo Guará, de Goiânia, e As Mulheres da Rua 23, do Rio de Janeiro.

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