"A vida é de quem se atreve a viver".


A coreografia Sinestesia, do Iron Skulls Co (Barcelona, Espanha) será apresentada em Brasília no dia 18/11, às 17h30
Dança em Trânsito 2021 chega a 25 cidades

Em sua primeira edição com formato híbrido – online e presencial – a 19ª edição do Dança em Trânsito envolve 25 cidades de Norte a Sul do país. Espetáculos, performances e projeções de cinema ocuparão diferentes espaços culturais. Programação com artistas nacionais e internacionais de 10 países chegará aos estados e ao Distrito Federal. Em Brasília, a mostra será de 18 a 21 de novembro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-Brasília),  partir das 17h.

Depois de apresentar uma edição cem por cento online – indicado ao Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) na categoria Difusão –, o festival internacional de dança contemporânea Dança em Trânsito retorna às ruas e palcos do país, ao mesmo tempo em que incorpora a programação virtual, em um inédito formato híbrido. O festival foi iniciado virtualmente em março – e, presencialmente, de 6 de novembro a 19 de dezembro, com espetáculos de 27 companhias do Brasil, Alemanha, Canadá, Espanha, França, Israel, México, Portugal, Suíça e Uruguai, transmissões de vídeos, além de residências de criação e oficinas gratuitas. O 19º Dança em Trânsito é apresentado pelo Ministério do Turismo e patrocinado pelo Instituto Vale, Banco do Brasil, Engie e Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Em Brasília, o festival tem entrada gratuita ou a preços populares. As oficinas acontecem nos dias 17 e 18 de novembro, no Centro de Dança, com inscrições prévias no site www.dancaemtransito.com.br.

Os espetáculos dentro do teatro terão ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), que poderão ser adquiridos pelo site do evento ou pelo app da Eventim (www.eventim.com.br). Para as sessões no cinema a entrada é franca, mas será preciso reservar os bilhetes - também pela Eventim, a partir das 9h do dia da sessão. As apresentações ao ar livre terão acesso liberado.

O Teatro e o Cinema do CCBB estão funcionando com capacidade reduzida a 50% dos espectadores, para garantir o distanciamento de dois lugares entre grupos de pessoas e respeitar os protocolos de prevenção à Covid. Nestes e nos demais espaços fechados, é obrigatório o uso de máscara cobrindo boca e nariz durante toda a sessão.

“Adiamos de julho para novembro as atividades presenciais do festival em função do calendário de vacinação nacional. Mas iniciamos de forma remota, em março, uma série de ações online e gratuitas envolvendo artistas nacionais e internacionais, com aulas de dança; formação de professores multiplicadores; mentoria para criação de turmas em centros culturais longe das metrópoles e manutenção para profissionais da dança e artes cênicas”, explica Giselle Tápias, diretora artística e curadora do Dança em Trânsito.

A fim de minimizar os riscos para toda a equipe, a curadoria artística levou em consideração o número de integrantes das companhias a serem convidadas, os perfis de espetáculos e performances adaptáveis aos ambientes externos, assim como os deslocamentos de cada companhia. Além disso, alguns artistas e companhias do exterior estão envolvidos de forma remota, seja à frente das aulas de formação online ou através dos trabalhos exibidos em vídeo durante o festival.

A programação no DF inclui a Focus Cia de Dança, de Alex Neoral, apresentando o duo Grand Pas, um recorte do novo trabalho, VINTE. Renato Vieira Cia de Dança mostra o espetáculo Mal Ditos, inspirado no Movimento dos Poetas Malditos e na experiência pessoal de Renato durante a Ditadura, em 1964. A paulistana T.F.Style Cia de Dança vem com o premiado (APCA/2019) ELO, focada na dança urbana contemporânea, que estabelece diálogos entre corpo, arquitetura e público em busca de um novo olhar para a cidade. O Grupo Tápias (RJ), Cia associada ao festival e dirigida por Flávia Tápias, estreia sua nova coreografia IMPREVISTO, onde o amor acontece, baseada no poema homônimo de Fernanda Estrella. A companhia espanhola Iron Skulls Co (Barcelona) mostra Sinestesia, onde a dança contemporânea encontra a acrobacia e o hip hop. Da França, a Compagnie Vivons (Paris) traz ao país NEVER 21, que aborda as questões levantadas pelo movimento Black Lives Matter e homenageia os jovens negros vítimas da violência armada que nunca chegarão aos 21 anos. O uruguaio Christian Moyano percorre diversas cidades a partir do Rio de Janeiro, com oficinas e a apresentação de Pauza, em que faz uma reflexão sobre as questões da quarentena.

O festival passa ainda por São Luiz (MA), 25 e 26/11; Belém (PA), 28/11; Canaã dos Carajás (PA), 30/11; Belo Horizonte (MG), 3 e 4/12; Ipatinga (MG), 6/12; Coronel Fabriciano (MG), 7/12; Vitória (ES), 10/12; Vila Velha (ES), 11/12; Entre Rios do Sul (RS), 14/12; Alto Bela Vista (SC), 15/12; Florianópolis (SC)17; Capivari de Baixo (SC) 18/12, e São Paulo (SP), 19/12.

Da telinha do celular ao telão do cinema

Uma das principais novidades em 2021 é o Dança em Trânsito Projetado, que marca o hibridismo do novo formato. Mesmo com a volta das apresentações presenciais, o festival incorpora de vez as transmissões nas plataformas digitais, além de incluir projeções em salas de cinema e mesmo no Teatro, para garantir mais visibilidade.

No Teatro do CCBB, vai ser possível assistir, por exemplo, ao filme “Revisor”, curiosa produção canadense, dirigida pela dançarina e coreógrafa Crystal Pite, que mistura teatro e dança com muito humor. No filme, diálogos gravados por alguns dos melhores atores do Canadá, exploram o conflito, a comédia e a corrupção na relação entre a linguagem e o corpo. “Revisor” será exibido em sessão única, no dia 20 de novembro, às 19h30, com diálogos em inglês e tradução para libras. Entrada franca.

“A ideia do Dança em Trânsito Projetado é ampliar ainda mais o alcance e as possibilidades do festival. Dentro dessa proposta há cinco recortes, sendo os dois primeiros heranças diretas da nossa edição online de 2020: a transmissão de vídeos com os novos trabalhos de companhias estrangeiras que participam remotamente do festival e a exibição de coproduções da edição 2020, como a videodança Solos_On. As novidades ficam por conta da programação de filmes de dança de até 15min, produzidos no Brasil ou no exterior, inéditos ou não, que foram selecionados pela curadoria do festival a partir das inscrições recebidas após convocatória pública; assim como a transmissão em plataformas online de boa parte dos espetáculos apresentados presencialmente no festival. Com isso, além do público presente, internautas de qualquer lugar do mundo terão acesso às apresentações praticamente em tempo real. Por fim, veicularemos na internet resumos diários da programação do Dança em Trânsito”, detalha Giselle.

Rota Brasis

Depois de uma edição construída exclusivamente de forma remota e apresentada como vídeo-dança em 2020, a tradicional residência de intercâmbio Rotas adota o hibridismo em 2021 com Rota Brasis. Idealizada e facilitada pela coreógrafa Flávia Tápias, a parceria criativa que originalmente reunia intérpretes brasileiros e estrangeiros participantes do festival e era apresentada durante a programação deu lugar este ano a uma residência somente com artistas brasileiros, selecionados através de uma convocatória, e aberta aos diversos estilos de dança de cada região na construção da coreografia. Com ensaios realizados inicialmente de forma remota, o resultado será apresentado no festival com a participação de músicos convidados.

Projeto Valia, residências e oficinas

Os projetos formativos, que fazem parte do DNA do festival, ganharam um novo viés este ano com o Projeto Valia, que promoveu a partir de março aulas online de mentoria em dança contemporânea voltadas para o aprofundamento profissional de professores de cidades com poucas oportunidades e distantes dos grandes centros. Os professores contemplados das cidades de Entre Rios do Sul (RS), Capivari de Baixo e Alto Bela Vista (SC) e Minaçu (GO) foram contratados para dar aulas com criação nos centros de cultura de suas cidades, entre julho e outubro, com mentoria e acompanhamento da coreógrafa Flávia Tápias. Como resultado do processo criativo nas aulas, os alunos se apresentam durante o Dança em Trânsito, ao lado dos artistas profissionais que realizarão seus espetáculos nessas cidades. “É um projeto de geração de renda, que traz multiplicadores na área da dança. Dou aula para os professores dessas cidades todas as sextas, fazendo uma mentoria para prepará-los para as aulas que eles, por sua vez, dão às suas turmas”, explica a coreógrafa Flávia Tápias, que coordena o projeto.

Outra vertente são as Residências de Criação voltadas para participantes com algum conhecimento de técnica de movimento, oferecidas gratuitamente e ministradas por convidados nacionais e internacionais participantes do festival. São 3 a 7 dias de imersão coletiva, nos quais encontros, trocas e aprendizagens resultam em obras que serão apresentadas dentro da programação do Dança em Trânsito. Mário Cunha (Friburgo, RJ), em Mangaratiba; Mário Nascimento (Manaus, AM), no Rio de Janeiro; Aston Bonaparte (Paris, FR), em Goiânia; Clara Costa (RJ), em Belém do Pará; Rosa Antuña (Belo Horizonte, MG), Ipatinga e Coronel Fabriciano (MG); Dilo Paulo e Lenna Siqueira (Brasília, DF), em Canaã dos Carajás (PA) e Christian Moyano (Montevidéu, URU), em Belo Horizonte (MG), conduzem os trabalhos. As inscrições estão abertas no site www.dancaemtransito.com.br

Oficinas - O festival oferece ainda 19 oficinas gratuitas, em 10 cidades, ministradas por convidados nacionais e internacionais participantes do festival. São encontros pontuais, de duas a três horas de duração, abertos a todos os interessados. Em Brasília, as oficinas têm início no dia 17, no Centro de Dança, e serão ministradas por três grandes bailarinos e coreógrafos: o israelense Ido Tadmor (em sua primeira vez no Brasil), o espanhol Diego Garrido (integrante da Iron Skulls Co, de Barcelona) e o uruguaio Christian Moyano. Inscrições e mais informações no site www.dancaemtransito.com.br

Dança em Trânsito, o que é

Criado em 2002, o Dança em Trânsito é um festival internacional de dança contemporânea que tem por objetivo valorizar, promover e democratizar esta expressão artística, seja pelo intenso intercâmbio entre artistas e companhias do Brasil e do exterior, como também pela itinerância, percorrendo desde as grandes cidades até pequenas localidades no interior do Brasil, em teatros ou espaços públicos. Sua atuação abrange ainda residências artísticas, com oficinas de criação, e workshops, abrindo canais para novos talentos da dança, e a formação de plateias, estimulando o interesse pelas artes e pela dança. O festival é parte do projeto Ciudades Que Danzan, que reúne 41 cidades em diversas partes do mundo com o intuito de difundir a dança  contemporânea. Desde a sua criação, o Dança em Trânsito já apresentou mais de 90 companhias de 16 países em 18 cidades de nove estados brasileiros, para um público de mais de 48 mil pessoas.
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Ficha técnica:
DANÇA EM TRÂNSITO - 19ª edição
De 6 de novembro a 19 de dezembro de 2021
Programação completa e inscrições: www.dancaemtransito.com.br
Direção geral: Giselle Tápias
Direção artística e curadoria geral: Giselle Tápias e Flávia Tápias
Direção de Produção: Espaço Tápias
Coordenação geral e contatos artísticos: Letícia Kaminski
Produção: LIMENTO
Equipe de streaming: André Monteiro
Redes sociais: INOVA BRAND
Programação do site e suporte de TI: João Rodrigues Stebanez      
Design Gráfico e web design: Fernanda Vallois | TRUQUE
Tradução e revisão dos textos: Letícia Kaminski
Fotografia e vídeo: Fernanda Vallois | TRUQUE
Equipe de apoio: Spectaculu Escola de Arte e Tecnologia
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Serviço:
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília e Centro de Dança
Data: de 18 a 21 de novembro de 2021
Horários: ver programação
Ingressos:
Espetáculos dentro do teatro - R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), que poderão ser adquiridos a partir de 6 de novembro, através do site ou app da Eventim (www.eventim.com.br).
Sessões de cinema: entrada franca, com reserva de ingressos gratuitos a partir das 9h do dia da sessão, através do site ou app da Eventim (www.eventim.com.br).
O Teatro e o Cinema do CCBB estão funcionando com capacidade reduzida a 50% dos espectadores, para garantir o distanciamento de dois lugares entre grupos de pessoas e respeitar os protocolos de prevenção à Covid. Nestes e nos demais espaços fechados do CCBB, é obrigatório o uso de máscara cobrindo boca e nariz durante toda a sessão.
Apresentações ao ar livre: Acesso liberado
Mais informações: www.dancaemtransito.com.br

Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
SCES, Trecho 2 - Brasília/DF
Tel: 61 3108 7600
Site: www.bb.com.br/cultura

Ingressos: www.eventim.com.br
Facebook/ccbb.brasilia
Twitter/@ccbb_df
Instagram/ccbbbrasilia
Youtube/ Bancodobrasil

Circuito de realização:

RIO DE JANEIRO
Mangaratiba – 6/11
Rio de Janeiro – 8 e 14/11

GOIÁS
Goiânia – 15 e 16/11

DISTRITO FEDERAL
Brasília – 18 a 21/11

MARANHÃO
São Luís – 25 e 26/11

PARÁ
Belém – 28/11
Parauapebas – 29/11
Canaã dos Carajás – 30/11

MINAS GERAIS
Belo Horizonte – 3 e 4/12
Ipatinga – 06/12
Coronel Fabriciano – 07/12

ESPÍRITO SANTO
Vitória – 10/12
Vila Velha – 11/12

RIO GRANDE DO SUL
Entre Rios do Sul – 14/12

SANTA CATARINA
Alto Bela Vista – 15/12
Florianópolis – 17 e 19/12
Capivari de Baixo – 18/12

SÃO PAULO
São Paulo – 19/12

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