A peça O Colecionador de Pombos, do dramaturgo Alexandre Ribondi, capixaba residente em Brasília, está alçando bons voos. Traduzida para o espanhol, com o título de El Coleccionador de Pájaros, a obra estreou em La Paz, Bolívia, há cerca de dois anos e, de lá para cá, tem se apresentado no principal eixo consumidor de arte do país, que são as cidade de Cochabamba, Santa Cruz de la Sierra, além da capital.
E, como se não bastasse, El Coleccionador de Pajáros, levado ao palco pelo jovem ator Jorge Barón, sob a direção do próprio Alexandre Ribondi, acaba de ganhar o Premio Nacional de Teatro Peter Travesi Canedo, que, após 28 anos de existência, se tornou um dos prêmios mais importantes do cenário boliviano.
Para Jorge Barón, que interpreta um homem solitário que vê a sua coleção de pombos misteriosamente destruída, esse prêmio merece todo o destaque, por se tratar de ser escolhido "num país onde a produção cultural está crescendo em quantidade e qualidade. É um respaldo para que a gente participe de outros festivais, aqui e no exterior".
Na verdade, trata-se da primeira montagem produzida pela Companhia Mosaico Colectivo, de La Paz. Jorge Barón tem, no seu currículo, cursos de arte cênica realizados no Brasil, país ao qual pretende retornar em novembro de 2019, para uma pequena temporada de El Coleccionador de Pájaros no teatro da Casa dos 4, espaço independente em Brasília.
No momento, o Mosaico Colectivo se prepara para se apresentar em Cochabamba, ao lado das outras peças que também foram agraciadas com o Premio Nacional de Teatro. Em seguida, como diz o ator, "vamos começar a procurar festivais e mostras na Bolívia e fora daqui, com o respaldo que agora temos". E que os pássaros bolivianos alcancem os céus, sempre.