Premiada atriz e diretora de cinema, Grace Passô é a convidada do quinto encontro da série Diálogos Contemporâneos, que será realizado amanhã, terça, 23 de abril, 19h, no Teatro do Sindicato dos Bancários de Brasília (314/315 Sul). Entrada franca.
Grace vai falar sobre “Raízes do Brasil – Herança africana, tradições e novas expressões: uma perspectiva da produção artística negra no Brasil atual”.
Apontada pelos críticos como uma das maiores atrizes brasileiras, detentora de alguns dos mais importantes prêmios do teatro e do cinema do país, Grace Passô, aos 38 anos de idade, atua, dirige, escreve textos para teatro, protagoniza longas-metragens.
Grace Passô nasceu em Pirapora, Minas Gerais, em 1980. Depois de estudar na Fundação Clóvis Salgado, fundou, em 2004, o grupo Espanca!, que cumpriu trajetória de grande sucesso até 2014, apresentando espetáculos como Amores Surdos, Por Elise e Congresso Internacional do Medo. Em 2016, protagonizou o monólogo Vaga Carne, que foi transformado em filme, sendo convidado a abrir a Mostra de Cinema de Tiradentes esse ano. A peça conquistou o Prêmio Shell de dramaturgia, o Prêmio Questão de Crítica de melhor espetáculo e o Prêmio Cesgranrio de melhor texto.
Grace Passô conquistou o Prêmio Shell, o APCA - Grande Prêmio da Crítica, APTR, Prêmio Leda Maria Martins, Prêmio Bravo! Prime de Cultura, Festival do Rio, Festival de Brasília (Troféu Candango de melhor atriz por ‘Temporada’), Medalha da Inconfidência, melhor atriz do Festival de Turim (também pelo filme ‘Temporada’) e menção honrosa no Festival Caminhos do Cinema Português, em Coimbra, pelo trabalho no filme ‘Praça Paris’, de Lúcia Murat. Um dos próximos projetos, o filme ‘No coração do mundo’, dirigido por Gabriel e Maurílio Martins, tem estreia prevista pra 2019.
Como dramaturga, tem obras publicadas em português, francês, italiano, espanhol, mandarim, inglês e polonês. Seus textos são encenados por diferentes companhias no Brasil. Neles, Grace Passô aborda temas como intolerância, machismo e racismo. Ex-cronista do jornal “O Tempo”, de Belo Horizonte, a artista afirmou, em entrevista ao jornal, que “é impossível falar sobre um corpo sem pensar sobre sua raça”.
E declarou: “Eu não tenho um centímetro de dúvida de que a maior potência da arte brasileira hoje vem em das produções em torno de pautas e artistas negras e negros”. Sua fala sobre “Raízes do Brasil – Herança africana, tradições e novas expressões: uma perspectiva da produção artística negra no Brasil atual” promete oferecer visões diferenciadas e reveladoras sobre o racismo.
___________________
Serviço:
Diálogos Contemporâneos
Data: 23 de abril
Local: Teatro dos Bancários de Brasília, EQS 314/315.
Horário: 19h
Atenção: Entrada franca, com distribuição de senhas meia hora antes do início da palestra.
Capacidade do teatro: 473 lugares.