"A vida é de quem se atreve a viver".


Edson Fachin: "O enfrentamento dessa crise deve ser um laboratório da democracia, e não, em hipótese alguma, um laboratório de autoritarismo".
Ruptura fere democracia, ignora pandemia e favorece o Centrão

Luiz Martins da Silva –

"O enfrentamento dessa crise deve ser um laboratório da democracia, e não, em hipótese alguma, um laboratório de autoritarismo", disse o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Todos juntos contra o golpe que está sendo tramado, contra o Brasil, contra a Democracia, contra o Planeta (Amazônia), contra as liberdades, contra tudo e contra todos. Convenhamos, a quem serve na História do Brasil mais uma ditadura?

E que coisa mais superada, em pleno 2020 um regime à base de culto da personalidade? Triste do país que ancora suas esperanças no carisma de um mito! E mito que nem solidário é, o país beirando os 30 mil mortos numa guerra e ele só quer saber de si, do seu ego, da sua vaidade, das suas performances midiáticas. Por coincidência, aposta numa tal imunidade de rebanho. Mesmo que o seu rebanho adquira imunidade, quantos ainda irão perecer – e com muito sofrimento!

E que cegueira, o mundo inteiro apontando que o ápice da pandemia é, agora, neste mês, precisamente na América do Sul e com epicentro no Brasil. E o reforço positivo é em cima de quê? Andar logo com a reabertura do comércio e com o fechamento político. E a Educação? Num dos ministérios mais importantes, entregar o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação a um político do Centrão, para movimentar R$ 54 bilhões. E o que entende ele de educação?

De vez em quando, algum apoiador desse governo emite farpas nas redes sociais, em geral, sem argumentos e com grosserias, fanfarronices e a surrada desforra para com o PT. E os mortos? E o sofrimento das famílias? Mesmo os que sobrevivem ao novo coronavírus, festejam estar vivos, mas relatam um calvário de penúrias.

O mais triste de todo este quadro é verificar que existe claramente uma aposta no caos para, então, chamar de vez os militares, mais uma vez, como salvadores da situação. Um jogo ensandecido, atirar-se o país numa crise institucional para, quem sabe, outros 25 anos de esforço para que elas voltem um dia ao normal de sempre, que é um cotidiano tranquilo e rotineiro para todos.

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