"A vida é de quem se atreve a viver".


A reforma custou R$ 9,3 milhões ao GDF. O secretário Bartolomeu Rodrigues disse que “o projeto é transformar aquela região, a partir do MAB até a Concha Acústica, em um complexo cultural”. (Fotos: Carlos Lin)
Aleluia! O MAB desencantou e será reinaugurado dia 21 abril

Romário Schettino –

A tão esperada reabertura do Museu de Arte de Brasília (MAB) vai acontecer. A previsão, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, é cortar a fita no dia 21 de abril com uma grande festa. A reforma custou aos cofres públicos R$ 9,3 milhões.

Espera-se, no mínimo, que o governo esteja se preocupando com os protocolos sanitários que o momento exige.

A pergunta que sempre surge quando se fala em gestão dos equipamentos públicos em Brasília é: quem vai se ocupar dessa tarefa? Bartolomeu não tem dúvida, o MAB será gerido pela Secretaria de Cultura. “Já temos um grupo formado que desde o final do ano passado vem atuando para atender um caderno de necessidades e planejamento da exposição inaugural, que deve durar seis meses. Enquanto isso, definiremos qual modelo de gerenciamento podemos adotar, considerando a dinâmica que queremos dar ao novo MAB”.

Acervo do MAB: O secretario informou que “quase todo o acervo já está reunido e catalogado. Duas peças, por exemplo, que estavam em minha sala, foram devolvidas. Outras estão sendo requisitadas. Em frente ao Museu será instalado um jardim de esculturas. Algumas dessas esculturas, localizadas na Residência Oficial em Águas Claras, estarão nos próximos dias sendo transferidas de vez para o local.”

Sobre a proposta do arquiteto, urbanista e ex-diretor do Iphan, Luiz Philippe Torelly, de realização de exposições temporárias utilizando-se de acervos de órgãos públicos, como Banco do Brasil, Caixa, Banco Central, Bartolomeu comenta: “Queremos criar uma dinâmica no MAB que não se resuma às exposições de obras já consagradas. Oficinas, instalações e oportunidades para outras linguagens da arte estão previstas, de modo a que seja um museu realmente ´vivo´”.

O MAB fica localizado numa região onde tem a Concha Acústica e um Parque de Esculturas (ainda incipiente). A especulação imobiliária já tomou conta de parte da orla do Lago Paranoá e cobiça tomar mais espaço. Com a reabertura do Museu, como a secretaria de Cultura pensa em revitalizar a área?

Bartolomeu responde: “Está no papel o projeto para transformar aquela região, a partir do MAB até a Concha Acústica, em um complexo cultural. Foi constituído um Grupo de Trabalho, envolvendo outros órgãos do governo, sob a coordenação da Secretaria de Cultura, para apresentar ainda neste semestre um plano de ação no local. Estamos abertos às sugestões de nome para esse complexo. E já solicitamos a carga dos dois lotes em frente ao MAB já antevendo a necessidade de ocupação para oficinas e instalações ao ar livre”.

 

Teatro Nacional

Sobre o Teatro Nacional Cláudio Santoro, fechado há mais de sete anos, o secretário Bartolomeu Rodrigues informou que existe uma verba de R$ 33 milhões para ser liberada pela Caixa Econômica Federal. “Será para uma revitalização parcial – inicialmente deve ser recuperada a Sala Martins Penna”, disse.

Esses recursos devem ser liberados assim que o edital de licitação ficar pronto em julho deste ano. O dinheiro é proveniente do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), vinculado ao Ministério da Justiça e à Secretaria Nacional do Consumidor, e criado pela Lei 7.347/85, com o objetivo de recompor danos causados aos direitos coletivos.

Bartolomeu disse ainda que a secretaria está elaborando os ajustes finais do projeto básico para ser apresentado à Caixa, que nesse caso é o agente financeiro. Segundo ele, “o financiamento saiu no ano passado, mas nesse período tivemos de reorganizar todo o processo, que estava totalmente bagunçado”.

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