Romário Schettino –
Acabei de ler, no portal Uol do dia 23/4, um artigo contundente de Mariana Belmont. Nele, a jornalista faz uma defesa pública do ex-deputado federal Jean Wyllys.
Mais do que uma defesa, Mariana elogia aquele que ousou cuspir no deputado homofóbico em plena votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
São delas as palavras: “Uma das melhores formas de começar o texto essa semana é agradecendo publicamente a Jean Wyllys, por seu ato de coragem ao cuspir na cara do sociopata, na época deputado federal, e hoje presidente da República”.
“Jean, sabemos o que isso te causou pessoalmente e publicamente. Muita gente entendida de alianças e teorias de paz acreditava que aquilo que você fez foi errado, mas, mano, eu sempre estive com você nessa, mesmo você não sabendo quem eu sou”, diz a colunista.
E Mariana avança, critica o que ela chama de “bundamolismo” de certa esquerda brasileira quando se trata de enfrentar poderosos e escroques. “Alguns de nós olhamos para a história e ficamos arrependidos de não ter cuspido nesse presidente junto com Jean. Por isso, Jean, obrigada por realizar tão fortemente um sonho de muitos brasileiros. As imagens dos últimos dias me reforçaram a essa vontade”, conclui.
Mariana tem razão, temos que agradecer Jean Wyllys por ter realizado o que muitos brasileiros gostariam de fazer, mas que só ele foi capaz de traduzir em gesto.
O que estamos vendo nos últimos dias, nas últimas horas, reforça a vontade de repetir Jean Wyllys. Os dias, ou meses, de Bolsonaro no governo estão contados. Pelo menos é o que se espera e o que dizem os analistas mais espertos deste país.