"A vida é de quem se atreve a viver".


Manuela d'Ávilla atuou [no Roda Viva] com a paixão e o idealismo que a distinguem como modelo de mulher pública à nova geração política. (Foto: TV Cultura/Divulgação)
Manuela d'Ávilla: Brilhante e rápida no gatilho

Angélica Torres -

Polemista, e das boas, Manuela d'Ávilla, candidata do PCdoB à presidência da República, é sim uma menina bonita mas é também muito safo, tem respostas na ponta da língua, saídas honrosas e nobres, sabedoria e intuição feminina, pulso e garra de estudante universitária: não levou desaforo algum pra casa nem passou de coitadinha aos interlocutores convidados do "Roda Viva", como querem comentaristas da mídia burguesa fazer crer a quem não viu o programa ainda.

Aliás, que contem outra esses daí, que não essa "fake" imagem disseminada dela se esfalfando pra dar conta do escalpelo de ruralista fascista, de "filósofo" em fraldas, de cara-e-coroa enfezadas do velho jornalão paulistano, de diretor boi-de-botas do programa e dos outros espécimes mais de atiçadores venenosos da arena. Foi Manuela quem venceu a batalha.

O melhor de tudo foram as bolas levantadas pelo bolsonarista pra ela rebater, com convicção e deboche certeiros a ele, assim, nas entrelinhas: Ah seu patético imoral, vê se vou perder tempo em dar atenção à sua total impossibilidade de me fazer uma boa pergunta... E lascava-lhe fustigadas diretas de volta, reduzindo a pó de traque o cabo eleitoral e a imagem de seu candidato da extrema direita.

Com que elegância, charme, graça, simpatia, presteza, segurança ela embalou os seus arremates aos mortos-vivos rodados. As expressões deles de surpresa pra com a moça brilhante e rápida no gatilho são flagrantes... e hilárias ao espectador.

Se Manuela d'Ávilla não pôde expor ali o seu projeto de governo, não foi exatamente porque, com suas vilanias, ninharias, porcarias "jornalísticas", eles não a deixaram, mas porque ela flagrou qual era o tônus do circo e acelerou ao máximo o clima de guerra, com a energia, a paixão e o idealismo que a distinguem como modelo de mulher pública à nova geração política.

Resumindo, sem querer ser desmancha-prazeres aos que vão assistir ou, como gostam os "facebookeanos", sem muito "spoiller": Manuela deu um samba nos técnicos em assuntos gerais da Roda tonta da vez; representou o mulherio com altivez e ousadia, a estudantina com galhardia e astúcia e os políticos com o vigor dos que não temem em se posicionar e se pronunciar com clareza e coerência ética. O vídeo está acessível no Youtube a quem quiser atestar - e se deliciar com a esgrimista.

E deixe que a mídia narre, com e ao seu espelho cego, do modo que só a si própria interessa - ou seja, distorcido, que é como sabe fazer. Não conseguirá desdizer a perturbação e o domínio que ela provocou e que as câmeras da TV Cultura registraram para os de hoje e para a posteridade.

O futuro é próspero às esquerdas. Nossos jovens candidatos estão aí a nos mostrar isso. Tenhamos fé.

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