"A vida é de quem se atreve a viver".


Cláudio: "Por que somos tão dependentes do uso dos carros?"
Yes, nós temos banana!

Claudio Silva -
 
Banana pode se tratar de um dos melhores combustíveis para quem anda a pé e de bicicleta, nossos quase famosos modos suaves ou de mobilidade ativa, e nós temos de sobra, muito baratinho!

Por falar em combustível, nada mal falar disso agora. Afinal, todos devem estar presenciando as filas nos postos de gasolina. Sim, essas mesmo que de tão grandes estão até provocando lentidão no trânsito em certos lugares. Que horror! O preço da gasolina subindo e nós aqui passando aperto... A culpa é dos corruptos! O Brasil não é um país sério!!!

Se for isso mesmo, é porque temos bem mais de quinhentos anos de história. O que daria uma longa e bem fundamentada conversa. Por agora, seria um bom exercício crítico sairmos do senso comum e refletirmos sobre outros aspectos práticos cuja reflexão não é estimulada pelas emissoras de televisão.

O preço alto da gasolina e a catarse dos motoristas servem de sinal de alerta? Por que somos tão dependentes do uso dos carros?

Na última década de 70 aconteceram as principais crises do petróleo com consequências em várias partes do mundo. E adivinhem, o reflexo mais visível foi o aumento dos preços. Nesse contexto, população e governo de países como Dinamarca e Holanda reagiram em busca de alternativas, por uma menor dependência da mobilidade centrada no uso dos carros. Foi essa reação planejada que levou cidades com Copenhague e Amsterdam a figurarem recentemente entre as mais amigáveis para as pessoas a pé e em bicicletas. Lá, a crise do petróleo teve reação mais demorada e rendeu frutos para os indivíduos e sociedade como um todo.

Aqui, será que as reações irão além das redes sociais?

A associação Andar a Pé – O Movimento da Gente, de Brasília, da qual faço parte, tem o propósito de tornar mais conhecidas e melhores as condições de caminhabilidade na cidade. Justamente porque reconhecemos a falência do modelo de mobilidade centrado no uso dos carros e defendemos que é possível fazer diferente.

Estamos fazendo nossa parte. E você, topa fazer diferente?

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