De amanhã, 16 de janeiro, a 1º de abril. De terça a domingo, das 9h às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB - SCES Trecho 2, Lote 22 - Brasília). Curadoria de Marília Panitz e André Severo. Entrada franca.
Em comemoração à trajetória de Athos Bulcão o CCBB começa 2018 homenageando o artista com uma exposição que reúne mais de 300 obras, incluindo material inédito.
Será mostrada a conexão entre suas obras e sua poética. Será possível visualizar seu caminho no Brasil e exterior, desde sua inspiração inicial pela azulejaria portuguesa, seu aprendizado sobre utilização das cores, quando foi assistente de Portinari, até as duradouras e geniais parcerias com Niemeyer e João Filgueiras Lima.
Essa homenagem a Athos resgata o valor individual dessa arte única, que foi produzida no Brasil; sua importância no panorama da visualidade moderna, além da valorização e reconhecimento à manutenção da memória nacional. (Abaixo, foto da montagem da exposição)
Com curadoria de Marília Panitz e André Severo, a exposição “100 anos de Athos Bulcão”, realizada pela Fundação Athos Bulcão e produzida pela 4 Art, vai percorrer as unidades do CCBB Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.
No dia 17 de janeiro, às 17h, no Hall do Museu BB, haverá um bate-papo com os curadores.
Biografia
Athos Bulcão é carioca do bairro do Catete e nasceu no dia 2 de julho de 1918. Desistiu do curso de medicina em 1939 para se dedicar às artes visuais. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, no Rio de Janeiro.
Em 1945 trabalhou como assistente de Cândido Portinari no painel de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949.
Foi funcionário do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, onde trabalhou com ilustração de publicações. Também realizou trabalhos como artista gráfico e desenhista.
Como artista plástico colaborou com Oscar Niemeyer em 1955. Integrando o esforço de construção de Brasília a partir de 1957. Em 1958, mudou-se definitivamente para a capital brasileira. Nos anos 1960, estabeleceu parceria com o arquiteto João Filgueiras Lima, cujas obras eventualmente apresentam painéis criados por Athos.
Pelo conjunto da obra, recebeu vários prêmios e condecorações, como a Ordem do Mérito Cultural, recebida em 1995 do Ministério da Cultura.
Faleceu aos 90 anos de idade no Hospital Sarah Kubitschek da Asa Sul em Brasília, devido a complicações de Parkinson, no dia 31 de julho de 2008.