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Os governos Lula e Dilma injetaram recursos do BNDES para que o Rio pudesse construir suas linhas de BRT
Reimont defende BRT com Estações Culturais no Rio e catraca livre

Romário Schettino -

Para dinamizar as estações do BRT do Rio de Janeiro, especialmente as da Zona Oeste, o vereador Luiz Otoni Reimont (na foto, abaixo), do PT, está defendendo que algumas delas se tornem Estações Culturais, com catraca liberada, para apresentações gratuitas de teatro, música, grafite, oficinas e performances dos próprios grupos culturais da região.

“A cultura da Zona Oeste é riquíssima. Com essas atividades tenho certeza de que não haveria depredação e o povo teria acesso à sua produção artística, tão necessária ao desenvolvimento humano de qualquer cidadão”, defende Reimont.

O primeiro BRT (Bus Rapid Transit, na versão em inglês), também conhecido como Transporte Rápido por Ônibus, foi implantado em 1974, pelo então prefeito de Curitiba, Jaime Lerner. Essa iniciativa teve repercussão mundial e o sistema é hoje considerado uma das grandes invenções urbanísticas dos últimos 50 anos.

Mas foi nos governos Lula e Dilma, por meio do financiamento do BNDES, que o Rio de Janeiro recebeu grande quantidade de recursos para a construção das linhas que servem à cidade. O BRT do Rio veio, inicialmente, para atender os grandes eventos que estavam chegando – Olimpíadas, Jogos Militares, Jornada Mundial da Juventude, Jogos Paraolímpicos, Copa do Mundo etc.

A propósito das Olimpíadas de Tóquio, é bom lembrar que o BRT do Rio é um dos legados das Olimpíadas no Brasil. Legado que foi mal aproveitado pelos governos que se sucederam.

Tanto é verdade que “assim que as pistas foram inauguradas ficaram degradadas. Nós, vereadores da bancada do Partido dos Trabalhadores, sempre fiscalizamos e denunciamos a falta de manutenção que deveria ser prioridade dos órgãos públicos responsáveis”, disse Reimont.

Máfia – O problema crônico é que a mobilidade na cidade do Rio de Janeiro foi e continua sendo um fator preocupante. O vereador Reimont, afirma que “o sistema de transporte urbano vem sendo sucateado há muitos anos e é pautado pelos empresários do setor. São inúmeros os escândalos e não se pode ignorar a existência de uma máfia no sistema de transporte do Rio. Várias CPIs já foram realizadas na Câmara dos Vereadores, cujos resultados foram parar na Justiça, mas os governos aliados dos empresários [Rio Ônibus e Fetranspor – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio] são protegidos tanto no Legislativo quanto no Executivo carioca”.

Outra questão importante nesse ambiente são as tarifas. Os ônibus que circulam nos corredores do BRT deveriam, segundo Reimont, ter passagens mais baratas para os trabalhadores. “Eles não param em sinal de trânsito, não aceleram, gastam muito menos combustível e pneus”, argumenta.

“Recentemente, discutimos tudo isso com o prefeito Eduardo Paes. Ele prometeu fazer uma intervenção no BRT, ficou de dar atenção às nossas opiniões, mas ainda estamos esperando as providências para melhorar a mobilidade do povo trabalhador. Outra questão gravíssima, sobretudo nestes tempos de pandemia, é a superlotação dos ônibus do BRT”, conclui Reimont, na esperança de que Paes seja mais rápido nas decisões e, sobretudo, nas ações.

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