"A vida é de quem se atreve a viver".


Mudanças no caso Marielle são preocupantes

Marcelo Freixo –

Os recentes acontecimentos sobre as investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes são muito graves. Houve vazamento de informações sigilosas e interferência externa na delação premiada de Júlia Lotufo, viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, chefe do grupo de matadores profissionais responsável pela execução.

O delegado Moysés Santana, que realizava um importante trabalho nas investigações, foi substituído. E as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile, ambas há três anos no caso, pediram demissão devido a essas interferências. É um prejuízo ENORME para a apuração do crime.

O governador Cláudio Castro, o procurador-geral de Justiça no Rio de Janeiro, Luciano Mattos, e o chefe da Polícia Civil, Alan Turnowsky, têm a OBRIGAÇÃO de vir a público explicar o que está acontecendo. Exigimos transparência e responsabilidade.

As execuções de Marielle e Anderson envolvem gente com poder político e econômico que desde o princípio está sabotando as investigações. As autoridades precisam cumprir com seus papéis e reagir. É um crime político contra a democracia. É o atestado de óbito do Rio de Janeiro, Estado sequestrado pelo crime organizado e seus cúmplices no sistema político. A barbárie não pode vencer, a barbárie não pode ficar sem a resposta das instituições democráticas.

Continuamos a perguntar: quem mandou matar Marielle? E por quê?

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