Escultura de Auguste Rodin
Rodin – o despertar modernista

Esculturas do francês Auguste Rodin e fotografias sobre o artista e sua obra serão exibidas pela primeira vez em Brasília. Com a curadoria de Marcus de Lontra, a exposição estará no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça, no TCU, de 17/8 a 5/11. Abertura dia 16 de agosto. Entrada franca.

Um dos escultores mais famosos da história – partilhando a celebridade apenas com Michelangelo e Donatello – Auguste Rodin é um dos poucos artistas que dividiram a trajetória da linguagem artística na modalidade em que atuaram. A escultura é uma antes e outra depois de Rodin.

Sob curadoria de Marcus de Lontra Costa, a exposição Rodin – o despertar modernista é dividida em dois segmentos. No primeiro está um conjunto de 14 esculturas, pertencentes aos acervos da empresa mineira Vallourec (10 cópias em resina autorizadas pelo Museu Rodin, de Paris) e da Pinacoteca do Estado de São Paulo (4 obras originais).

No segundo, fotografias vindas especialmente do Museu Rodin, na França, e outras que integram o acervo da Pinacoteca de SP, num total de 36 imagens, selecionadas para informar o espectador sobre a vida e a obra do grande mestre.

Vai ser possível conhecer mais de perto o cotidiano de Rodin em seu ateliê e seu método de trabalho – Rodin desenhava suas peças, esculpia em formato menor, fazia os moldes em gesso e depois seus assistentes se incumbiam de ampliá-las em outros materiais.

Considerado o primeiro escultor da era moderna, responsável por recuperar a importância da escultura como linguagem artística, Auguste Rodin sintetiza, em seu trabalho, tradição e invenção. Em suas obras de pequeno porte, torções e movimentos de referência expressionista acentuam a sensualidade e a poética do mestre.

Obras como O beijo e O Pensador atuam no imaginário coletivo como marcos da comunicação estética da cultura ocidental.
Segundo o curador, a escolha de Brasília para receber a exposição não acontece ao acaso: “se as esculturas de Rodin fundam a modernidade e acentuam o início de um movimento que embasa todo o século XX, Brasília representa a apoteose e o ocaso do pensamento e da produção estética modernista. Distantes no tempo, as esculturas de Rodin e a arquitetura de Brasília dialogam, ambas, com a tradição barroca e a clareza do método construtivo”.

CURADORIA - Marcus de Lontra Costa atua como crítico e curador de artes desde 1978. Foi diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e organizou a histórica mostra "Como vai você Geração 80", em 1984. Atuou como assessor do Ministério da Cultura para a implantação do Museu de Arte Moderna de Brasília.

Durante os anos 1990, dirigiu o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (91/97) e o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, no Recife (1997/2000).

Foi Secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu (RJ), onde implantou as oficinas culturais do projeto "Bairro-Escola", que atendeu a mais de 30.000 estudantes.

O ARTISTA – François Auguste René Rodin (Paris, 12 de novembro de 1840 — Meudon, 17 de novembro de 1917), foi educado tradicionalmente, teve o artesanato como abordagem ao seu trabalho, e desejava o reconhecimento acadêmico, embora ele nunca tenha sido aceito na principal escola de arte de Paris (sua incapacidade em ganhar a vaga pode ter sido devida ao gosto neoclássico dos juízes, enquanto Rodin tinha sido educado à luz da escultura do século XVIII. Deixando a Petite École em 1857, Rodin ganhava a vida como artesão e com ornamentos durante a maior parte das próximas duas décadas, a produção de objetos decorativos e enfeites arquitetônicos).

Em 1900, ele era um artista de renome mundial. Clientes particulares ricos procuraram seus trabalhos após sua mostra na Exposição Universal, e ele fez companhia com uma variedade de intelectuais e artistas de alto nível.

Ele se casou com sua companheira ao longo da vida, Rose Beuret, no último ano de vida de ambos.

Suas esculturas sofreram um declínio de popularidade após a sua morte em 1917, mas dentro de algumas décadas, o seu legado se solidificou. Rodin continua a ser um dos poucos escultores conhecidos fora da comunidade das artes visuais.

SERVIÇO
Local: Tribunal de Contas da União - Espaço Cultural Marcantonio Vilaça
Visitação: de 17 de agosto a 05 de novembro de 2016
Abertura: 16 de agosto de 2016, às 19h
End: Edifício-Sede do Tribunal de Contas da União (SAFS, Quadra 4, Lote 01 – Brasília/DF)
Visitação: de terça-feira a sábado, das 9h às 19h
ENTRADA FRANCA
Classificação indicativa: Livre
Agendamento programa educativo: 61. 3316.5221