Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, diz que não há entraves e que "tudo está sendo feito dentro do programado".
Movimento cultural cobra agilidade na liberação dos recursos da Aldir Blanc no DF

Romário Schettino -

Em carta aberta ao secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, divulgada hoje (8/1), o Movimento Organizado da Cultura do DF (MOC-DF) pede agilidade e transparência no cronograma de liberação dos recursos da Lei Aldir Blanc destinados aos trabalhadores do setor.

Os signatários da carta dizem que estão “inquietos diante da falta de diálogo entre o gestor da lei no DF e os beneficiários dos recursos aprovados no Congresso Nacional”.

Segundo Neide Nobre, uma das organizadoras do Movimento, o montante destinado aos trabalhadores da cultura no DF “não foi executado em sua totalidade até o momento, e os artistas inscritos e classificados não conseguem ter acesso ao dinheiro, muito menos às informações claras e diretas”. Para eles, “os canais de orientação têm se mostrado insuficientes para atender às demandas dos processos e esclarecimento das dúvidas dos interessados, contrariando a transparência em sua aplicação, como manda a Lei”.

O Movimento alega que os e-mails disponibilizados pela Secec, envolvendo os servidores responsáveis pelos incisos I (Mariana Abreu), II (Sol Montes) e III (João Moro), previstos na lei, “estão esgotados sem a necessária contrapartida que o momento exige”.

Na carta ao secretário, os signatários temem a perda dos recursos por falta de agilidade do órgão responsável pela sua distribuição.

Por fim, os signatários do documento pedem a “imediata atualização e publicação das informações que impedem o recebimento do dinheiro pelos beneficiários, além de um calendário de pagamentos, a fim de tranquilizar os trabalhadores e trabalhadoras da cultura que têm esse direito legalmente”.

A palavra do secretário

O secretário Bartolomeu Rodrigues disse, em resposta ao questionamento do MOC, que “não está havendo entraves, os recursos foram empenhados e encaminhados aos bancos”.

Bartolomeu busca tranquilizar os interessados dizendo que “tudo está sendo feito dentro do programado, como ocorre nas demais unidades da federação. Os empenhos foram feitos às vésperas do ano novo em todo o país. As pendências, decorrentes de divergências identificadas nos depósitos pelos agentes financeiros, estão sendo comunicadas aos interessados pelos canais normais com vistas a saná-las na maior brevidade possível”.